O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli toma posse no cargo de presidente da Corte. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil| Foto:
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País estranho esse. José Dirceu estava condenado a 30 anos e estava livre, mas na segunda condenação de oito anos e dez meses, agora mandaram prendê-lo. Alguém que quiser entender isso que entenda…

Vamos esclarecer. Ele já havia sido condenado na Lava Jato a 30 anos de cadeia – eu não estou falando do mensalão, que ele também foi condenado -, e o Supremo, em uma turma, um ex-funcionário dele, o ministro Dias Toffoli tomou a iniciativa de conceder-lhe um habeas corpus. Estranho, né?!

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Outro dia eu falei do ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deveria julgar o habeas corpus do ex-presidente Temer e se julgou impedido porque tinha trabalhado no escritório de advocacia que servia à Eletronuclear, de onde teria saído a propina de que é acusado Temer. Ele se declarou impedido por causa disso.

Mas, o presidente do Supremo não se declarou impedido e José Dirceu saiu, embora ele tenha sido o advogado do partido de José Dirceu, o PT, e tenha sido parte do governo ao qual José Dirceu servia. Porém, ele não se declarou impedido e liberou José Dirceu na condenação de 30 anos. Isso é pena máxima no Brasil.

Pois depois agora Dirceu recebeu a segunda condenação de onze anos e três meses, ainda do então juiz Sergio Moro, da 13° Vara Federal de Curitiba, e o Tribunal Regional Federal (TRF-4) reduziu para oito anos e dez meses. José Dirceu apelou e agora o TRF-4 o condenou definitivamente e mandou prendê-lo.

É uma coisa muito estranha essa história de Justiça. Ainda na véspera, fazendo uma palestra sobre segurança pública e as causas da impunidade no Brasil, eu citei essa história de marchas e contramarchas, embargos, recursos, etc…

São coisas que acabam no Supremo, o que é um absurdo: o Supremo é uma corte Constitucional. Mesmo assim, julgou aroma de cigarro e agora julgou 26 sementes de maconha. Tudo muito estranho.

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Hora do patrão bater no chão e dizer o rumo

Ontem (16) foi um dia preocupante no mercado de câmbio e no mercado de capitais. O dólar passou de R$ 4,00 e a bolsa voltou a 90 mil pontos – já tinha chegado a 100 mil pontos.

Isso no mesmo dia em que nosso presidente foi homenageado em Dallas, Texas. No dia em que se anunciou a quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro, que representa o Rio de Janeiro – não só dele, mas de um grupo muito grande, quase 30 pessoas, ligadas a ele.

Enquanto isso o governo está patinando na Câmara. Acaba que a gente analisa isso como uma espécie de falta de coordenação do governo. Falta de comando, parece que tem gente em um barco remando para um lado e uma parte rema para o outro.

Espera-se que o patrão desse barco dê uma batida no chão e diga: “O rumo é esse, todos remando no mesmo rumo”. As próprias lideranças do governo ficam confusas.

Relações entre os poderes

Eu citei há pouco o ministro Dias Toffoli. Ele está voltando de Nova York, na companhia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).

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Mas vai continuar na companhia do presidente do Senado, porque ele está indo para o Amapá, que é o estado de Davi Alcolumbre, que foi o responsável pela CPI da toga no Senado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]