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Fala do presidente Lula (PT) sobre o "genocídio" de Israel em Gaza gera crise diplomática para o Brasil.
Fala do presidente Lula (PT) sobre o “genocídio” de Israel em Gaza gera crise diplomática para o Brasil.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Todo mundo está preocupado com um rompimento de relações entre Israel e o Brasil. Porque o presidente Lula defende o Hamas e os palestinos, é contra Israel e agora chamou Israel de genocida e comparou Israel com a Alemanha de Hitler e o Holocausto.

Benjamin Netanyahu, que é o líder de Israel, disse que Lula “passou a linha vermelha”, foi além, que são palavras vergonhosas e graves. "Banalizou o holocausto e o direito de Israel de se defender”. Irônico, porque quem propiciou a criação de Israel foi um brasileiro, Oswaldo Aranha, presidindo a Assembleia da ONU. Há esse laço.

O presidente Lula disse isso na Etiópia. Antes de ir, plantou uma oliveira na embaixada da Palestina no Brasil e depois perguntou para o embaixador “quando a oliveira vai dar uva”. O embaixador falou em oito anos, eu diria infinito.

Lula e a primeira-dama Janja foram recebidos no aeroporto do Cairo pelo ministro do turismo. Ele passou o dia todo fazendo turismo. No outro dia, teve um encontro rápido com o general Sissi, que estava mais preocupado em receber Erdogan, presidente da Turquia. Depois, foi para reunião dos países árabes, em Addis Abeba.

Lula defende Putin, Cuba, Nicarágua e ataca Israel

Lula também defendeu Putin sobre a morte de um opositor, que foi encontrado morto na prisão com hematomas. Todo mundo estava culpando o regime de Putin e Lula fez uma declaração dizendo: "por que essa pressa em acusar alguém? Depois descobrem que não foi e vão ter que pedir desculpas". Ele é um grande defensor de Cuba também.

Tem cubano lutando do lado do Putin. O Wall Street Journal, desse fim de semana, diz que são de 400 a 3 mil cubanos, porque eles estão ganhando US$ 2 mil por mês. Em Cuba eles ganham US$ 20 por mês. A mãe de um deles que morreu, foi morto por um drone ucraniano, disse que os cubanos vão todos para a morte. E não são só cubanos, cque são o maior contingente de mercenários. É gente da República Centro-Africana, da Sérbia, do Nepal e da Síria, porque eles recebem cidadania.

Os Estados Unidos estão com 500 mil cubanos que fugiram dessa maravilha de democracia relativa, que Lula elogia, elogia Maduro também. Maduro agora expulsou os observadores do alto secretariado de direitos humanos, que é presidido pela Michele Bachelet, ex-presidente do Chile. Está mandando embora, porque acha que estão se metendo só porque está prendendo os opositores e os candidatos à presidência, tal como o Ortega da Nicarágua.

Psol quer revogar Lei da Anistia de 1979

Lei de anistia. Coisa estranha, o ministro do STF Dias Toffoli é relator de um pedido de 2014 do PSOL para que o Supremo declare que é inaplicável a Lei de Anistia. Ele quer criar um debate sobre a lei de anistia de 1979.

Eu acompanhei isso no Palácio do Planalto. Lembro que o ministro Golbery Silva certa vez me disse rindo “o MDB não quer uma anistia ampla, geral e restrita, porque eles têm medo que o Brizola seja anistiado, entre no país e acabe com a oposição”. Ele ria, pois, o Brizola seria anistiado. Chegou aqui, a Ivete Vargas tinha tirado o PTB dele. Ele criou o PDT.

Em 2010, houve uma ação que foi julgada no Supremo, a Lei de Anistia. A OAB queria revogar a lei. A OAB que fez o maior movimento em prol da anistia. Toffoli se declarou impedido em 2010. O presidente do Supremo, o ministro Cezar Peluso, passou um “pito” na OAB, dizendo que "era uma consciência tardia e anacrônica".

A ministra Carmen Lúcia deixou uma frase muito importante, não há como julgar o passado aos olhos de hoje. Anistia de 1979 era para pacificar o país. Votaram contra esse pedido da OAB, mantendo a Lei da Anistia: Cármen Lúcia, Peluso, Gilmar Mendes, Ellen Grace, Marco Aurélio, Celso de Mello. Lewandowski e Ayres Brito votaram contra. A Lei da Anistia está fazendo 45 anos. Lá fazia 30 anos.

Olha só o absurdo, porque vai prejudicar exatamente aqueles que eram os guerrilheiros, terroristas, sequestradores, assaltantes de bancos, que eram jovens e que hoje estão com 80 anos no máximo. Se é para pegar o pessoal da chamada repressão, eles já estão com 90, 95 anos, se é que estão vivos. Parece que é para mexer numa brasa pra ver se vem fogo de novo. O ministro Toffoli parece que tá entrando nessa. É um pedido do PSOL, lá de 2014, que apareceu agora.

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