| Foto: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O que você acha de uns serem diferentes dos outros perante a lei, alguns terem mais direitos que os outros?

Esse é um problema muito sério aqui no Brasil porque não acontece apenas com deputados, senadores e autoridades que têm foro privilegiado. Acontece também com pessoas que são diferentes por causa da cor da pele, por causa da preferência sexual e até por causa do sexo.

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Estão fazendo leis dando diferenças e contrariando aquilo que está escrito na Constituição: “Todos são iguais perante a lei independente de diferença de qualquer natureza”.

Eu falo isso hoje porque se descobriu que existem no mínimo dois ministros do Supremo que são objeto de investigação da Receita Federal, entre 133 pessoas com renda elevada. Inclusive as mulheres desses dois ministros. Eles são: Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Em entrevista ao Correio Braziliense de domingo (4), o ministro Gilmar Mendes disse que a Lava Jato é uma organização criminosa destinada a investigar pessoas e causar grandes danos. Parece que ele passando recibo, “dando um touche”, que na esgrima ocorre quando a pessoa é atingida.

Isso aconteceu depois que Alexandre de Moraes - relator do processo instaurado pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, para investigar ofensas ao Supremo e fake news - reagiu e mandou parar a investigação da Receita, além de afastar três auditores.

O subprocurador do Tribunal de Contas das União entrou nisso, e quer saber mais. Mas eu me pergunto: investiga todo mundo, mas não pode investigar ministro do Supremo na Receita Federal?

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Do Supremo para a OAB...

Como a gente sabe, Ministro do Supremo é o supremo na Justiça e tem que ser o supremo exemplo de cumprimento das leis. Assim como, por exemplo, a OAB e todo advogado que jurou defender a Constituição e as leis. Por isso, eles têm que ser os primeiros a respeitar as leis.

Agora o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, está sendo objeto de processo de afastamento porque andou ofendendo as pessoas. Ele começou ofendendo o ministro Sergio Moro dizendo que ele foi chefe de uma organização criminosa.

O presidente Bolsonaro tomou as dores do seu ministro, e perguntou como foi que morreu o pai do presidente da OAB, que fazia parte de uma organização terrorista chamada Ação Popular - que jogou bombas e pretendia instalar no Brasil um regime marxista igual a de Cuba, uma ditadura cubana.

E por isso, todo mundo está falando da tal Comissão da Verdade instalada no governo da época exatamente para inventar indenizações para milhares de pessoas. Pagas com o seu dinheiro.

Está se discutindo muito e a gente descobre que quem elege o presidente nacional da OAB não são os advogados, que não têm voto direto. Embora a OAB fale em democracia, defesa da lei e representatividade, o presidente do órgão é escolhido por pouco mais de vinte delegados estaduais, que são mandados para Brasília para elege-lo.

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É bom que a gente discuta tudo isso porque afinal a transparência é primordial.

Para finalizar...

Todo mundo continua insistindo na história da divisão do país. Eu dei uma entrevista para um jornal de Santa Cruz do Sul – onde estou – e a pessoa me perguntou se eu podia falar sobre isso.

Estávamos acostumados com uma ideia única. Democracia não é ideia única. A gente fala em diversidade ecológica, de gênero e de cores, mas não tem diversidade de ideias, não? Que história é essa?

A pessoas estão protestando porque há diversidade de ideias. Que democracia é essa? É claro que isso não é democracia. Quem está brigando tem raízes totalitárias. Essa que é a questão. Eu estou falando isso para a gente pensar a respeito.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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