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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Fim de ano

Saidinha de Natal e Hamas: governo escolhe lados errados

Governo do Paraná pretende criar PPPs para gestão de penitenciárias
(Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo)

Todo mundo atento nas ruas do Brasil. Tem a saidinha de Natal. Aqui em Brasília no passado houve uma tragédia inesquecível. Um dos detentos, solto como prêmio, foi para uma pista de aeromodelismo onde havia um casal com um bebê. Matou o casal. Simplesmente matou o casal, e o bebê ficou órgão naquele dia.

Há casos em que o estuprador é solto. E estupra. Então, são 33 mil que saíram em São Paulo, em Brasília uns dois mil, em Minas Gerais uns quatro mil, no Rio de Janeiro quase dois mil, e por aí vai, pelos estados brasileiros.
Em geral, 5% não voltam.

Também saiu o indulto de Natal do presidente da República, que não incluiu manifestantes do 8 de janeiro que estão em presídios ou com tornozeleiras.

A propósito, a Câmara dos Deputados já votou um projeto de lei para extinguir essa saidinha e a aprovação foi de 311 a 98 votos, mas está parado no Senado. Mais um assunto parado lá, dependendo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Presos reincidentes vão cumprir regras?

Essas saídas são para confraternização familiar, cursos profissionalizantes e execução de tarefas sociais, em benefício da comunidade. Vocês acham que a pessoa, a maior parte reincidente no descumprimento de regras, vai cumprir essas regras? Eu não acredito. Nos Estados Unidos não existe esse tipo de saidinha.

E chegou mais um voo, um terceiro voo de Gaza. O avião veio quase vazio, trouxe 30 pessoas. Pelo jeito não existe nenhum brasileiro nato ali, a maior parte são palestinos que desejam morar no Brasil. Tomara que não tenha nenhum “hamas” ali no meio. Há muita preocupação, sempre houve essa preocupação lá na tríplice fronteira por exemplo, em Foz do Iguaçu. Tomara que haja uma filtragem muito rigorosa.

Hoje em Israel foi um dia triste para as forças de defesa, morreram 14 militares israelenses. Cinco foram atingidos num veículo militar por uma bazuca ou míssil, algo assim.

Embaixador fala como se torcesse pelo Hamas

Eu estava vendo uma entrevista da minha querida colega Cristina Graeml, da Gazeta do Povo, e do coronel Gerson Gomes, também contando essas histórias. A Cristina entrevistou duas deputadas que lá estavam a convite da comunidade Brasil-Israel: a Cristiane Lopes, do União Brasil de Rondônia, e a Carla Zambelli, do PL de São Paulo.

Elas foram cobrar do embaixador brasileiro de Israel, Frederico Maia, por que ele disse em entrevista ao UOL que não entende liberar reféns israelenses, porque assim o Hamas perde uma moeda de troca.

Parece que o embaixador está deixando bem claro uma torcida para o Hamas. Ela perguntou se foi ao kibutz atacado: disse que não foi por razões de segurança. Perguntou se ele viu as imagens que o próprio Hamas gravou e que Israel obteve: ele disse que não viu porque não quis. São imagens horrorosas. E ficou muito estranho porque tem inclusive um brasileiro sequestrado, era o caso de ir lá.

Governo anterior cultivava boas relações com Israel

Mas, enfim, Israel nos toca muito porque não tem um dia em que você e eu não usemos tecnologia israelense. Inclusive em nossos celulares. Ficou estranho porque o embaixador anterior, que era o general Menandro, estimulou o aprendizado, o intercâmbio da Embrapa com Israel. Por que Israel tira água do deserto. Tira fruta e comida do deserto. E nós temos um Nordeste que gostaria muito de ter tecnologia, inclusive de dessalinização da água, como tem Israel.

Eram poucos da Embrapa que iam a Israel, mas com o embaixador Menandro foi um monte de técnicos da Embrapa. Mas agora parece que o embaixador está disciplinadamente afinado com o presidente da República e com Celso Amorim, em relação a Israel. Lamentável.

A Cristina Graeml, as deputadas, o Gerson Gomes, foram lá a convite desta comunidade Brasil-Israel que deseja que aqui no Brasil nós sejamos bem informados a respeito do que está acontecendo lá. Mas a gente sabe que há uma espécie de conspiração midiática para falsificar os fatos.

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