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Alexandre Garcia

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Propaganda

Sidônio acha que culpar Bolsonaro pela queda de popularidade de Lula vai funcionar

Sidônio Palmeira popularidade de Lula
Ministro Sidônio Palmeira diz que governo não soube informar adequadamente sobre situação encontrada por Lula após Bolsonaro. (Foto: reprodução/Canal Gov)

O ministro da propaganda, Sidônio Palmeira, parece que parou no tempo. Ele está lá nos anos 80, quando não havia celular e muito menos rede social. Ele deu uma entrevista para algum veículo da Globo e disse que a queda de popularidade do presidente Lula se deve à “herança maldita” – ele não falou “maldita”, mas disse “jeito caótico” – de Jair Bolsonaro na saúde e na educação. Aliás, educação nem é com o governo, educação é com os pais. O governo entrega ensino, tem de ensinar para a vida, não fazer catequese política; tem de preparar as pessoas para terem uma boa renda, graças a um bom trabalho.

Sidônio, então, diz que a culpa é de Bolsonaro. Na cabeça dele os brasileiros ainda são todos autômatos, com uma única fonte de informação, como era antigamente. Não: as pessoas pegam o celular, se informam dia e noite, sabem de tudo o que está acontecendo, trocam informações, opiniões, posições, discordâncias e críticas. Essa é a beleza dessa nova democracia digital, uma praça virtual que reúne todo mundo, e onde cada um dá o seu palpite. Cada um é fonte de poder numa democracia. Cada cidadão, cada eleitor, cada pagador de impostos. É por causa disso que está havendo a queda: porque faz dois anos que Lula está no governo. Dois anos e quatro meses, aliás; ou 28 meses de governo. Se houvesse uma “herança caótica” de Bolsonaro, já teria dado tempo de corrigir.

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Milei, sim, pegou uma “herança maldita” e está colocando a Argentina nos trilhos

Javier Milei, sim, pegou uma herança caótica dos governos de esquerda – e já corrigiu, fez até mais que isso. Está aí a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que faz projeções sobre o crescimento das economias, afirmando que a economia argentina vai crescer mais que o dobro da brasileira neste ano: 5% contra 2,2% ou algo assim. A Argentina vai crescer mais até que a China, que, segundo esse órgão das Nações Unidas, vai crescer 4,4%. É o resultado do trabalho de Milei, um economista defensor do livre mercado, da liberdade de ação, de tirar o Estado que atrapalha a vida das pessoas.

Mais um caso em que estão expulsando colonos que estão há décadas em suas terras 

Falam muito de defender a Amazônia, os índios, a floresta, as riquezas. E as demais pessoas? Estou me referindo aos não indígenas, que lá estão plantando cacau, plantando café, criando gado. Em Presidente Médici (RO), estão expulsando colonos que foram assentados pelo Incra décadas atrás, assim como aconteceu na Terra Indígena Apyterewa. É uma tragédia. As pessoas saem chorando, perdendo tudo em que investiram há 20, 30, 40 anos, porque converteram aquele território em reserva indígena.

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Santa Catarina está dragando rios para prevenir grandes enchentes

Jorginho Mello está dando exemplo para o Rio Grande do Sul. Se vier chuva forte em setembro, de novo, Porto Alegre, o Vale do Taquari e o Vale do Jacuí, que ainda não dragaram, não tiraram a sujeira do fundo dos rios, vão alagar. Tiraram apenas algumas coisas, um ônibus perto de Estrela, uns cascos de barco, mas só. Já em Santa Catarina o governo do estado está dragando os rios principais no Vale do Itajaí: o Itajaí-Açu, o Itajaí do Sul e o Itajaí do Oeste. Tiraram mais pneus do que uma fábrica consegue produzir, sujeira de todo tipo, refrigerador, adega, sofá... tem de tudo. É responsabilidade da população. Santa Catarina está tão orgulhosa do seu progresso, da sua civilidade, que não pode comportar essa história de jogar lixo dentro do rio.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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