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Claudinho Brasil, curitibano em destaque na cena eletrônica
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Claudinho Brasil é um artista curitibano em constante evolução. Hoje, vivendo em São Paulo, está com sua agenda cheia tocando seu trance mais pop por todas as partes do Brasil. Também com gigs marcadas na Europa regularmente, sua apresentação mistura performance em instrumentos de percussão, uso de tecnologia de ponta e DJ set fazendo um live único em nosso país. Um artista nato, com uma energia e carisma fora do comum.

Sua simpatia vem conquistando a muitos e hoje integra uma das maiores agencias de DJs do Brasil, a Artist Factory / Box Talent de ninguém menos que o DJ Alok.

Batemos um papo com ele sobre as novidades de seus projetos, gigs importante, seu novo selo e uma competição de remixes em parceria com a AIMEC.

Você começou como baterista de banda. Sua trajetória é interessante. Hoje se dedica aos sons eletrônicos em alta performance. Consegue fazer uma revisão destes anos todos e a sua dedicação a este segmento musical ?

Comecei a tocar profissionalmente em 1997. Toquei bateria e cantei em uma banda de rock setentista por oito anos e com a mesma gravamos dois discos. Mas acho que minha paixão pela música eletrônica começou na faculdade (sou formado em Música pela Faculdade de Artes do Paraná), quando em uma disciplina de “Evolução da Música” eu tive um “insight”. Depois de ler um texto sobre música primitiva eu fiz espontaneamente uma co-relação entre os rituais primitivos e as festas raves de música eletrônica. A partir daí iniciei uma pesquisa sobre o assunto que acabou naturalmente virando uma palestra e mais tarde um livro chamado: A Modernização da Música Primitiva. O curioso é que minha paixão pela música eletrônica começou primeiramente na teoria. Apenas anos depois eu me permiti ir em uma festa rave. Minha primeira experiência em uma rave mostrou que todos os meus estudos se comprovaram. E tudo fez sentido de fato! Então resolvi estudar produção musical e me tornar um produtor de música eletrônica!
Em 2005 fiz o curso de produção musical na AIMEC, e rapidamente já criei o meu primeiro live de música eletrônica! Os convites para me apresentar ao vivo começaram a surgir e resolvi me dedicar 100% a isso.
Assim que finalizei o curso de produção e criei o meu próprio live, também recebi o convite para lecionar na própria AIMEC e assim ministrei aulas de produção até o final de 2008, quando surgiu o convite pra ir pro Rio de Janeiro fazer parte de um projeto respeitado de música eletrônica.

Há quanto tempo você mudou-se de Curitiba para Sao Paulo ? Foi uma transição tranquila ? Você ficou um tempo no Rio de Janeiro também, não ? Por que São Paulo ? Sente falta de Curitiba ?

Com certeza sinto muito a falta de Curitiba, afinal todos os meus amigos, familiares e toda minha escola foi em Curitiba! Sou muito grato e tenho muito carinho pela minha cidade natal. Em 2008 recebi o convite pra participar de um projeto conceituado de música eletrônica “Reality Scientist” no Rio de Janeiro. Como eu sempre tive grandes pretensões musicalmente, meu sonho sempre foi conseguir tocar e levar a minha música para todo o canto do nosso Brasil. Eu não poderia negar essa proposta! Foi uma decisão difícil, mas crucial para o desenvolvimento e crescimento da minha carreira. Fiquei apenas um ano no Rio de Janeiro e percebi que eu precisava dar um passo ainda maior. Foi assim que decidi vir pra São Paulo, desde o início de 2010 e aqui estou até hoje. No início foi bem difícil a vida em São Paulo, recém chegado, eu ainda não tinha proposta de shows nem nada! Mas com muita fé e muito trabalho as coisas foram acontecendo e consegui me manter! Até porque, minha palavra de ordem sempre foi “jamais desistir”! Escolhi São Paulo porque percebi que os maiores estúdios, empresários, produtores e as maiores gravadoras estão aqui! Além de São Paulo estar no “centro” do Brasil, o que ajudou muito na logística para começar a tocar no resto do país, além dos preços melhores das passagens aéreas!

Hoje você está sendo agenciado por uma das maiores agencias do Brasil, a Box Talents. Como foi essa caminhada ate chegar a uma grande agência como essa ?

Foi uma longa caminhada (risos). No final de 2005 começou a minha trajetória na música eletrônica. Vão fazer 15 anos. Durante nove anos eu trabalhei sozinho, tinha que fazer os contratos, as cobranças, rider técnico, press kit, além da produção musical e os shows! Só no ano passado veio convite para fazer parte da Artist Factory / Box Talents, do nosso maior DJ brasileiro, Alok.

Tem um remix contest de uma track sua rolando com a AIMEC. Conte-nos um pouco sobre a sua relação com a AIMEC e a idéia desta track. Porquê resolveu colocar ela em um concurso de remixes ?

Tenho uma gratidão muito grande pela AIMEC! Lá eu fiz dois cursos de produção musical (Cubase e Ableton) em 2005 e logo em seguida fui convidado para lecionar (lecionei até o final de 2008). Eu devo a academia todos os ensinamentos, além da orientação para o mercado de trabalho; e toda experiência lecionando, que é imensurável! Então não tinha melhor parceiro que a AIMEC pra fazer este concurso de remixes. A idéia da promoção veio pelo sucesso da música “Se Permita” e também por eu ter recebido espontaneamente 3 remixes de parceiros que me agradaram muito. Pensei comigo: - porque não abrir um concurso de remix da música e lançar um E.P. com todas as versões pela minha gravadora “Poptrance Records”?! Uma ótima oportunidade para produtores brasileiros ou do exterior mostrarem os seus trabalhos em escala mundial. Então entrei em contato com a escola e de cara tive um feedback positivo, fiquei muito feliz e elaboramos a idéia em parceria. Já está sendo um sucesso com centenas de downloads e inscrições. Estamos empolgados com os resultados e o vencedor será anunciado em Agosto. Qualquer pessoa pode participar. As infos estão no site da AIMEC.

Seus shows tem feito sucesso pelo Brasil e também internacionalmente. Como tem visto a cena musical pelo país a fora ? E na gringa ? Qual a diferença entre as cenas nacional e internacional ?

Incrível que, na verdade, eu nunca tive pretensão de tocar fora do Brasil. O meu sonho sempre foi tocar no Brasil, de norte a sul. Até por isso coloquei Brasil no meu sobrenome artístico, tenho um carinho enorme pelo nosso país. Mas naturalmente os convites para tocar fora do país começaram a acontecer já em 2007. E de lá pra cá não pararam mais. Hoje eu vou pelo menos 4 vezes por ano pra Europa. Já pude levar o meu trabalho para diversos países: França, Bélgica, Suíça, Dinamarca, Alemanha, Israel, Austrália, México e África do Sul. Não vejo muita diferença entre as cenas nacional e internacional, eu acredito que pra conquistar um espaço no mercado, em todas as cenas, é preciso muito trabalho, determinação e foco.

Você está iniciando um novo selo chamado Pop trance Records. Como vai ser esse selo ? Quem vai lançar ?

Eu criei minha label despretensiosamente, apenas com intuito de lançar os meus bootlegs. E acabou dando super certo. Meu Remix de “Bella Ciao” por exemplo, em um mês e meio ultrapassou um milhão de plays no Youtube. Aí percebi que o negócio valia a pena e aproveitei também para legalizar minha obra, pagando pelo uso do fonograma da obra original (copyright). O nome da label também é auto explicativa: nasceu da minha vontade de produzir um trance mais pop, que é o que eu venho fazendo também com as minhas releituras. A princípio, não pensei em lançar outros artistas, mas estou aberto. Acho que o remix contest junto à AIMEC já está abrindo as portas para novas possibilidades dentro da label e estou animado!

Você é uma das atrações do proximo Rock in Rio. Qual a expectativa para esse show ? Alguma surpresa ou algo especial para esta apresentação ?

Com certeza o Rock in Rio foi a maior conquista da minha carreira, fiquei muito feliz com o convite, acho que todo artista sonha em estar em um evento desse porte. O show vai ser em Outubro mas já estamos trabalhando nele. Com certeza vai ser o show da minha vida e tenho que pensar em cada detalhe! Pode esperar algo ainda mais performático e impactante do que o meu show já é naturalmente. Com certeza vamos fazer surpresas performáticas, tecnológicas e audiovisuais! Segura que vem bomba!

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