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Papo Universitário. O assunto é crack
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Nessa quinta-feira, o Papo Universitário da Gazeta do Povo, trouxe o tema “Crack, você pode ser a próxima vítima” para o debate.

O tema foi escolhido a partir de uma série de cinco reportagens que a Gazeta do Povo publicou entre os dias 18 e 22 de julho deste ano. O conteúdo mostrou a evolução do tráfico da droga no país e seus efeitos na população. O crack é a droga que extrapolou todos os limites de classe social e idade.

Quatro profissionais foram convidados para debater o assunto: Dr. Dagoberto Requião, médico psiquiatra; Wagner Mesquita de Oliveira, delegado da Polícia Federal; Tenente Dalton Perovano, chefe do Setor de Planejamento de Operações e Instrução, Estatística e Desenvolvimento de Projetos da Polícia Militar do Paraná; e Guilherme do Valle, psicólogo e presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Curitiba.

Os internautas puderam participar aqui pelo blog e também pelo twitter do caderno Vestibular. Confira alguns momentos do encontro:

19h15
O público começa a chegar aqui no Teatro Paiol. A edição de hoje promete ser lotada. Os quatro especialistas
convidados já chegaram.

19h40
Teatro Paiol praticamente lotado. Daqui a alguns instantes a discussão começa. Participe! Deixe sua pergunta ou comentário aqui no Blog de Vida e Cidadania.

19h45
Convidados a postos, começa o Papo Universitário Gazeta do Povo. O tema de hoje Crack, você pode ser a próxima vítima. Participe! Comente!

19h57
O Papo Universitário tem início com o vídeo de um depoimento de João (nome fictício), menino de 13 anos que conheceu o crack com 11 anos de idade, apresentado pelo irmão mais velho. Ele é apenas uma das muitas crianças que estão conhecendo cedo a droga. Segundo Guilherme do Valle, psicólogo e presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, 60% das crianças já teve contato com o alcool que é a porta de entrada para as drogas.

20h09
Plateia pergunta ao delegado da Polícia Federal Wagner Mesquita o que pode ser feito para combater o crack e impedir o tráfico.

20h10
Mesquita responde que existem uma série de ações para combater a droga, mas falta coordenação entre essas ações. Ele acredita que o caminho é a unificação das ações, nas áreas da saúde, da segurança e da educação. Esse é o desafio dos próximos governantes que serão eleitos no domingo

20hh15
Achar que o usuário vai procurar tratamento sozinho é uma ideia simplista, segundo o delegado Mesquita. para ele, policiamento por si só não resolve, tem de ter um trabalho de inteligência.

20h17
Para o psiquiatra Dagoberto Requião a sociedade precisa ser menos tolerante com as drogas. Cita a lei que proíbe venda de bebidas perto de escolas e questiona o porque de ela não ser respeitada e nem exigida pela sociedade. A sociedade tem de ser pró-ativa.

20h18
Dagoberto Requião diz ainda que não existem ações articuladas e que a mobilização popular é a única saída. Sem isso a chance de recuperação é de menos de 20%

20h30

Segundo o psiquiatra Dagoberto Requião, a sensação prazerosa do crack que dura de 10 a 15 minutos se contrapõe ao confronto brutal de seus efeitos. O delegado Mesquita completa: é uma droga mais barata, feita com o resíduo da cocaína, mas que dá um efeito mais forte e mais rápido ao ser aspirado pelo pulmão. Por isso a necessidade mais latente de consumir de novo do que outras drogas.

20h36

O psicólogo Guilherme do Valle lembra do trabalho de prevenção, que deveria ser feito com mais ênfase. Exemplo: proibição de propagandas de bebidas, em geral, e reversão do dinheiro de imposto de bebidas para o tratamento.

20h44
Legalização em discussão. Psiquiatra Dagoberto Requião acha que é uma solução simplista demais. O organismo não tem “especificação técnica” para lidar com a droga. Em um país que tem adulteração até de merenda escolar como será feito o “controle de qualidade” dessa droga…

20h46
Não é o fato da substância ser legalizada ou não que impede o crime. O delegado Mesquita lembra do tráfico de bebidas, por exemplo. O tenente Dalton Perovano, da PM-PR, lembra ainda que na Holanda, onde é legalizado, houve um aumento no consumo de drogas mais pesadas, como cocaína e heroína.

20h52
O segundo depoimento em vídeo está no ar. É a história de Silvana (nome fictício), 41 anos, que está grávida de 4 meses do quarto filho. Foi prostituta e serviu de mula entre Bolívia e Brasil. É usuária de crack há mais de 10 anos e agora está em tratamento

20h58
O psiquiatra Dagoberto Requião fala dos riscos de má formação congênita, alteração cardio-respiratória e outros problemas para a criança de uma gestante e usuária de crack.

21h00
Um dos jovens participantes é de Pinhais, de uma associação de moradores e conta de um projeto de contraturno que a associação montou e está dando certo, tirando os jovens das drogas. Ele pergunta o que as pessoas comuns podem fazer para tirar as pessoas do crack?

21h04
O tenente Perovano da PM-PR fala do conceito de polícia social ou comunitária, que é a polícia em contato direto com a comunidade. Ele diz que o diálogo entre polícia e comunidade levam a soluções locais para problemas locais.

21h08
O psicólogo Guilherme do Valle fala da dificuldade de ação dentro do poder público, que tende a responder mais lentamente aos problemas que o privado. Diz que cada cidadão fazendo um pouquinho pode resolver sim o problema.

21h13
O delegado Mesquita lembra que a participação da população é fundamental nas operações. Lembra do telefone de denúncias 181 e de como esse banco de dados é usado pelas polícias, em geral.

21h20
Logo mais, no fim do Papo Universitário, confira os depoimentos em vídeo de ex-usuários em tratamento que serviram de base para a discussão no Teatro Paiol: um menino de 13 anos de idade, uma gestante de 41 anos e um rapaz, de 31, que está há 2 anos e meio longe da droga. Aqui no Blog de Vida e Cidadania.

21h23
O psicólogo Guilherme do Valle fala de onde a família do usuário pode procurar ajuda. A porta de entrada para o atendimento em Curitiba é a unidade básica de saúde. Se for uma emergência, um dos Centros Médicos de Urgência da capital.

21h25
No caso de cidades da RMC, a procura emergencial deve ser no Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM).

21h28
O psiquiatra Dagoberto Requião crítica a estrutura de atendimento existente. Diz que o corpo médico não está preparado para atender usuários em hospitais gerais. Crítica a posição do Ministério da Saúde que é anti-psiquiátrica, de não só não ampliar os leitos, como reduzi-los ainda mais. Diz que as comunidades terapêuticas não são preparadas, na maioria das vezes, para tratar dos usuários em momentos de crise de abstinência.

21h41
O Papo Universitário está chegando ao fim. Participante quer saber por que as pessoas entram nas drogas. O psicólogo Guilherme do Valle diz que é um problema global, de saúde, segurança, de família etc. As razões são inúmeras.

21h45
O psiquiatra Dagoberto Requião diz que cada paciente é um paciente e tratá-lo é um grande desafio.

21h48
Papo Universitário chegou ao fim, mas você ainda pode participar, deixando sua pergunta nos comentários do blog. Em breve, também aqui no blog de Vida e Cidadania, três depoimentos em vídeo de ex-usuários que serviram de base para o debate de ontem à noite.

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