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Distraídos Venceremos
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Paulo Leminski (1944-1989), o mais importante poeta curitibano. A sua obra tem ressonância no Brasil, no mundo.

Já leu? Hoje, sábado, a Gazeta do Povo oferece aos leitores o Caderno G Ideias em homenagem a Paulo Leminski.

São 5 textos. Que dialogam. Que conversam. E que oferecem, a você, caro leitor, caro internauta, um panorama sobre o autor, sobre a sua obra. Que tal? Qual a sua opinião sobre o conteúdo?

O Leminski obteve repercussão porque conseguiu produzir textos, com conteúdo, fáceis de serem compreendidos, algo que não é nada fácil de realizar (basta ler os textos dos imitadores de Leminski para ver o quanto o original é bom). Ele era leitor, e sobre (óbvio ululante) isso há muitos sinais. Mas era, e foi, acima de tudo, um sujeito que sabia como tornar um texto sedutor, atraente. De ensaios a poemas, de letra para canção a romance.

Muitos tentam ser Leminski. Naturalmente, nenhum – dos imitadores – consegue. Os epígonos são lamentáveis. Os imitadores, com todo respeito, são dignos, no máximo, de piedade.

Muitos dos clones do Leminski reclamam que não conseguem espaço, em jornal por exemplo. Mas eles, os imitadores, poderiam fazer uma pergunta: será que a minha (esse eu é o eu do imitador) obra (obra?) existe? A obra do Leminski despertou a atenção de muita gente, aqui, e fora. E as obras (obras?) dos clones? Os clones são mais conhecidos por quase-polêmicas, por tentativas de chamar a atenção de maneira agressiva, e, sem graça, sem inteligência e sem charme.

Daí, o leitor, internauta, fala: mas por que, Marcio, você ainda fica a falar dos clones, dos imitadores, dos quase poetas? Respondo: por que esses quase artistas poluem a obra do Leminski. (Não. não é por isso, por poluir. É que os clones pegam carona na obra do Leminski, dizem “fui amigo”, “sou leminskiano”, “eu declamo Leminski”. Uma pergunta: cadê a obra dos clones?)

(E mais: já reparou como tem clone do Leminski que se diz tradutor? O sujeito nem em português consegue escrever, nem na língua de saída consegue escrever, e tem a coragem, coragem ou ma-fé, de se apresentar como tradutor? Isso é caso de propaganda enganosa. Procon nos clones).

O que você acha dos clones do Leminski? Eu, desejo a todos, um bom final de semana. Boa leitura.

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