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Da bancada do camburão ao Soldado Groselha: relembre como foi o 29 de abril
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Não há muita dúvida de que 29 de abril de 2015 foi o dia mais importante da histórica recente do Paraná. Em parte, pelo que aconteceu dentro da Assembleia Legislativa: a base do governo Beto Richa resolveu desmontar o sistema previdenciário do funcionalismo para evitar que o estado quebrasse.

Muito mais importante, porém, talvez tenha sido o que aconteceu do lado de fora. O governo Richa decidiu que para pôr a mão o dinheiro do ParanáPrevidência bem valia meter o cacete em seus verdadeiros donos, os servidores públicos que protestavam em frente à Assembleia.

Se Richa tinha pretensões de ficar conhecido fora das fronteiras de sua província, por um momento conseguiu. As imagens de sua polícia jogando bombas e atirando com balas de borracha na multidão correram o mundo. No total, 213 feridos: um feito que deixou envergonhada a cavalaria de Alvaro Dias.

Neste 29 de abril de 2018 não custa reavivar a memória dos fatos. E por isso o Caixa Zero recuperou textos e imagens que ajudam a recontar como as coisas chegaram àquele ponto.

A primeira tentativa do governo de aprovar um ajuste fiscal terminou de forma patética, com trinta deputados entrando num ônibus do Choque da PM. Leia aqui a Crônica da viagem dos deputados no camburão.

Massacre no Centro Cívico. Foto: Bruno Covello/Arquivo Gazeta do Povo.

Para lembrar o que aconteceu no dia da votação, talvez o melhor mesmo seja ver as fotos dos repórteres da Gazeta. Veja aqui 12 imagens inesquecíveis da repressão.

Depois de alguns dias da sessão, a população teve acesso à transcrição do que foi dito dentro da Assembleia. Com direito ao presidente Traiano dizendo para votar e tocar a sessão normalmente porque “a bomba é lá fora”. Leia o Novo clássico da política paranaense: sai a transcrição da sessão do 29 de Abril.

Para fingir que os professores eram os violentos e que a repressão foi necessária, o governo inventou várias farsas. Pintou um PM de vermelho, criando o mito do “Soldado Groselha”. E disse que as pamonhas de um vendedor eram terríveis artefatos de guerra. Leia aqui O fim da farsa do Soldado Groselha.

Passado o primeiro momento, os autores da façanha começaram a dizer que as vítimas eram eles. Beto Richa, por exemplo, teve o desplante de dizer que o mais machucado… foi ele. Leia aqui a entrevista.

Para o Judiciário, no entanto, o governo e a PM fizeram tudo certinho. Errado estava quem protestou. Leia aqui Para juíza do 29 de abril, quem não baixa a cabeça merece apanhar.

Do ponto de vista prático, Richa pôde tocar o resto de sua gestão fazendo superávit com base no que passou a retirar mensalmente da previdência.

E agora, no apagar das luzes, os repórteres João Frey e Euclides Garcia descobrem que o governo admitiu um erro bilionário no projeto que causou toda a confusão. Leia aqui.

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