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Obama enfrenta ala radical dos republicanos para garantir a reforma da saúde
Obama pode estar errado em uma série de medidas – como a manutenção de um sistema digital de espionagem global, o campo de concentração de presidiários de Guantánamo e a insistência em priorizar a força, o poder bélico, em detrimento do soft power, de uma política internacional de solidariedade –, mas está do lado certo na disputa com os radicais do Partido Republicano pela aprovação do Orçamento.
Repetindo palavras de Thomas L. Friedman, do jornal The New York Times, o presidente dos EUA não deve ceder às chantagens dos radicais republicanos. Não é apenas a reforma da saúde que está em jogo. O que está em disputa na paralisação forçada do governo é o princípio sobre o qual a democracia americana se baseia, que é regra da maioria.
A paralisação temporária de alguns serviços traz prejuízos, mas não tem grande impacto mundial. O problema maior está para vir: o aumento do teto de dívida dos EUA. Sem a elevação do teto o governo terá de recorrer ao calote, o que causaria uma catástrofe financeira em todo o mundo.
Não se pode permitir que uma minoria de republicanos, que não entende ou não se importa com os riscos para a economia global, dite as regras.
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