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O mistério do grampo
| Foto:
Marcelo Casal/ABr
Lacerda, o diretor afastado da Abin: ele jura que a agência não fez grampo ilegal.

A reportagem da “Veja” que jogou um balde de grampos no ventilador deixou um mistério no ar. Será que as escutas que flagraram o presidente do STF, Gilmar Mendes, foram realmente feitas pela Abin? E, se o caso está na conta da agência, quem encomendou?

Em Brasília é consenso de que Mendes e uma parte da Polícia Federal – o núcleo Satiagraha, de Protógenes Queiroz – não são lá muy amigos. Funcionaria assim: o ministro não gosta dos policiais porque acha que foi grampeado e os policiais não gostam do ministro porque ele solta aqueles que eles acabaram de prender (vide o banqueiro Daniel Dantas).

Mas há vários outros suspeitos, além da PF ou de um trabalho free-lancer da Abin. O presidente da CPI das Escutas Telefônicas, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), comenta que elas podem ter sido motivadas pela megafusão entre Brasil Telecom e Oi.

No fundo, ninguém sabe quem é o mandatário do grampo. A certeza é que será papel do governo descobri-lo. Só assim a presidência deixará de figurar entre os principais suspeitos.

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