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Ataque a creche em Blumenau deixou quatro crianças mortas. Assassino já tinha passagem pela polícia.
Ataque a creche em Blumenau deixou quatro crianças mortas. Assassino já tinha passagem pela polícia.| Foto: EFE/Sávio James

Estamos de luto. Sinceramente, não temos nenhuma vontade de escrever depois do que aconteceu em Blumenau. O dia 5 de abril entra para a história universal como exemplo de como o ser humano pode ser perverso. E ainda há quem diga que estamos “evoluindo”. Na área da tecnologia, obviamente que sim, mas essa “evolução” tem nos tornado humanos melhores? A tragédia do dia 5 prova que não.

Um dia normal na vida de algumas crianças que brincavam no parquinho da creche Bom Pastor, quando um homem de 25 anos invadiu o local e, a machadadas, matou quatro crianças e feriu outras quatro. As crianças mortas eram três meninas e um menino, entre 5 e 7 anos. Leitores, isto é triste demais. Enquanto alguns acreditam na tal “evolução e progresso da humanidade”, o que realmente está acontecendo é a profecia de Jesus Cristo, registrada no Evangelho de São Mateus (24,12): “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”.

Precisamos voltar nossos olhos para Cristo e seus ensinamentos. Aquele que é a pedra angular de bons governos, de crianças protegidas e de um povo que é alvo do bem comum precisa, novamente, ser entronizado como tal

Esse alerta de Jesus Cristo explica a rápida escalada da violência e a ousadia daqueles que cometem crimes sem pudor, resultando na vulnerabilidade de nossos filhos, em qualquer lugar.Não temos dúvidas de que este é o resultado de um tempo em que a secularização está tomando conta de todos os veios da sociedade e a maioria de nós está indiferente aos ensinamentos de Jesus, mitigando cada vez mais a boa influência cristã na sociedade.

A Páscoa de 2023 transmite a mensagem de que precisamos voltar nossos olhos para Cristo e seus ensinamentos. Aquele que é a pedra angular de bons governos, de crianças protegidas e de um povo que é alvo do bem comum precisa, novamente, ser entronizado como tal. E aqui não estou falando de religião e/ou proselitismo; estou falando da influência ou do “fermento do Evangelho”, como muito bem ensinava Jacques Maritain.

No Evangelho de São João (17,11), Jesus Cristo pede ao Pai que nos guarde de todo o mal. O pastor Isaias Lobão nos lembra que Cristo “é capaz de fazer intercessão contínua pelos crentes” – e aqui podemos entender que isso é nada menos que o ato de amor mais sublime que alguém poderia externar pela humanidade. Quando estamos diante de situações que são semelhantes às “portas do inferno”, cabe a nós entender que isso é resultado da ausência de Deus. O único meio de reparar essa situação é nos reaproximarmos de Cristo e fazer disso um estilo de vida, que permeia todas as decisões que tomamos e que influencia aqueles que estão ao nosso redor.

Podemos começar nos inspirando no exemplo do pai de Bernardo Cunha Machado, uma das crianças vítimas do massacre: “Eu perdoo a vida dessa pessoa. Eu como cristão, peço que Deus conforte meu coração para lidar com essa situação. Eu vou honrar a memória do meu filho todos os dias, e que Deus conforte o coração de todas as famílias.”

O texto de hoje é mais curto que o habitual; fica a mensagem de perdão afirmada por aquele que foi crucificado pelos nossos erros e iniquidades: “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lucas 23,24). E, ao assassino, as mais severas penas da lei, aqui e lá.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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