O julgamento em torno da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o casal de petistas Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, que estava previsto na pauta da semana que vem do Supremo Tribunal Federal (STF), foi adiado mais uma vez. A decisão, divulgada hoje (15), é do ministro Teori Zavascki, relator do caso. A pedido da defesa da senadora do Paraná, o relator transferiu o julgamento para o dia 27.
É a segunda vez que o julgamento é adiado. A primeira data – 30 de agosto – foi cancelada porque coincidia com a fase final do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado. O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que atende o casal, já tinha um compromisso no exterior antes da data de julgamento ser remarcada para o dia 20 de setembro, daí o novo adiamento, agora para o próximo dia 27.
Os cinco ministros da Segunda Turma do STF vão decidir se acolhem ou não a denúncia da PGR, oferecida em maio, quase um ano após a instauração do inquérito. Se a peça for acolhida, o casal passa a responder a uma ação penal na condição de réu.
A denúncia contra a senadora e o ex-ministro das gestões petistas é decorrente de uma das investigações da Operação Lava Jato. O foco é a campanha eleitoral de 2010 de Gleisi Hoffmann, que teria recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato. O casal nega.
Curiosamente, Mudrovitsch também é o advogado do governador do Paraná Beto Richa (PSDB), adversário político dos petistas. Em Brasília, Mudrovitsch atua em um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que apura se dinheiro do esquema de corrupção revelado pela Operação Publicano abasteceu a campanha de reeleição de Beto Richa, em 2014. O tucano nega.
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