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Presidenciável Ciro Gomes (PDT). Foto: Miguel Schincariol/AFP
Presidenciável Ciro Gomes (PDT). Foto: Miguel Schincariol/AFP| Foto:

A saída do pedetista Osmar Dias da disputa ao governo do Paraná não traz mudanças apenas para o cenário regional. O Partido Democrático Trabalhista (PDT), hoje comandado nacionalmente por Carlos Lupi, pode aproveitar a desistência do correligionário para tentar construir no Paraná um palanque a Ciro Gomes (PDT), pré-candidato a presidente da República. Até então, mesmo com Osmar na condição de pré-candidato ao Palácio Iguaçu, Ciro ainda não tinha um palanque próprio no Paraná. Isso porque Osmar já havia conversado com Lupi que a candidatura do irmão Alvaro Dias (PODE) ao Palácio do Planalto o impedia de declarar apoio a Ciro.

“Eu já conversei com o Ciro, deixei claro para ele, deixei claro para o Lupi. Nós temos uma situação no Paraná que é diferente de todas as outras do país. Eu pretendo apoiar o Alvaro. E tenho apoiado o Alvaro sem nenhuma restrição feita pelo partido nacionalmente”, declarou Osmar, durante entrevista à Gazeta do Povo em Brasília, no último dia 20, quando ainda pretendia participar do pleito de outubro.

Agora, sem Osmar Dias, o PDT de Lupi estaria cogitando se unir ao MDB paranaense. Embora o MDB tenha candidato ao Palácio do Planalto, via Henrique Meirelles, a principal figura da legenda no Paraná, o senador Roberto Requião, é um notório crítico do grupo de Michel Temer/Henrique Meirelles. O próprio presidenciável do PDT, durante entrevista no último dia 1º ao programa de televisão “Central das Eleições”, da GloboNews, incluiu o senador do Paraná na lista de “bons nomes do MDB”. “Não aceito negociação com a quadrilha que tomou conta do MDB. Mas sei que [o partido] tem homens de bem, como o Requião”, declarou Ciro.

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Nesta sexta-feira (3), logo após o comunicado do Osmar Dias sobre sua desistência, Requião gravou um vídeo no qual informa aos correligionários sobre o adiamento da reunião da Executiva do MDB do Paraná, que deliberaria sobre a chapa final da sigla. A reunião, antes prevista para o dia de hoje (3), ficou adiada para domingo (5) pela manhã. “Porque agora nós temos uma confusão muito grande [com a desistência de Osmar Dias]”, justificou Requião.

Uma costura entre PDT de Osmar e MDB de Requião foi trabalhada durante praticamente todo o primeiro semestre, mas não chegou a vingar. Osmar rompeu o namoro no final de julho, sugerindo que o forte vínculo de Requião com o PT poderia atrapalhar sua busca por votos. Logo na sequência, o MDB lançou o nome do deputado federal João Arruda (MDB-PR), sobrinho de Requião, como uma alternativa ao governo do Paraná.

No vídeo que gravou aos filiados nesta sexta-feira (3), Requião confirmou que a pré-candidatura de Arruda está mantida, mas sugeriu que novas legendas podem entrar na composição. “Estamos aguardando decisões de outros partidos políticos, de outras forças políticas”, disse ele.

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