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“Vai haver uma devoção à privacidade nos próximos anos”
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A atual era de superexposição nas mídias sociais vai dar lugar a um mundo de “devoção à privacidade”. A opinião é do publicitário Sérgio Valente, que participou hoje da Campus Party, em São Paulo.

“Percebo nitidamente que vai haver uma devoção à privacidade nos próximos anos. Hoje há uma ideia de que se você não está no Google ou no Facebook, você não existe. Isso é um equívoco social, e as pessoas estão começando a perceber”, afirmou. Comparando as redes sociais com “a fofoqueira na janela no interior da Bahia, e que muita gente odeia”, ele disse que “que as pessoas não estão mais querendo se expôr tanto.”

Após sete anos presidindo uma da principais agências do país, a DM9DDB, Valente deixou o cargo há duas semanas para ocupar a direção da Central Globo de Comunicações (CGCom). “Não entendo nada de televisão. Vou falar muita coisa que não faz sentido. Mas quero descobrir esse mundo novo. Estamos vivendo um momento de revolução nas mídias. E o bárbaro é que o que a gente vai fazer lá vai impactar a vida de muita gente. É isso que motivou minha mudança”, disse, ressaltando que todas as opiniões dadas na palestra são pessoais e não refletem a posição da TV Globo, onde ainda não começou a trabalhar.

YouTube

Sobre a concorrência dos vídeos on-line com a televisão, Valente diz que “a relação das pessoas com o YouTube é totalmente diferente do que com a TV”. Ele diz acreditar num retorno à ideia de ter espectadores com uma postura mais passiva no consumo de conteúdo. “Imagine alguém que acabou de ir na cozinha, fez um prato gostoso para jantar, ele vai ligar a televisão ou o computador?”, questionou.

A grande questão para o futuro, defende ele, é acertar na curadoria, entregando ao espectador conteúdo relevante. “A relevância é a nova grande moeda da humanidade. É o que todo mundo vai buscar e querer. O mundo hoje é o mundo dos dados. Dados não interessam. Não é relevante. O que importa é dados com inteligência. Isso é informação”

O publicitário também afirmou que não acredita num futuro em que o mesmo conteúdo passará por diferentes telas. “Estoura um vídeo do YouTube para ver o que acontece. É um saco. Fica horrível.”

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