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Detalhe de “Ressurreição de Cristo”, de Peter Paul Rubens.
Detalhe de “Ressurreição de Cristo”, de Peter Paul Rubens.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

O mundo nunca precisou tanto da Páscoa como atualmente. Sim, o nosso mundo de abundância, onde a humanidade vive seu ápice de riqueza e conforto, precisa da Páscoa mais que qualquer outra época da história humana. Mais que na época de homens terríveis como Gengis Khan ou Adolf Hitler; mais que nos anos de Guerra Fria; mais que nas revoluções sangrentas.

A razão de precisarmos da Páscoa mais que qualquer outra geração de seres humanos é simples e lamentável: somos a geração mais egoísta, mimada e autoindulgente que já pisou neste planetinha.

Páscoa é, acima de tudo, sacrifício. Jesus Cristo fez o sacrifício perfeito para que nós, imperfeitos, fôssemos livrados da pena que merecíamos. O cordeiro sem pecado foi torturado até a morte, pendurado no meio de dois criminosos.

A razão de precisarmos da Páscoa mais que qualquer outra geração de seres humanos é simples e lamentável: somos a geração mais egoísta, mimada e autoindulgente que já pisou neste planetinha

Nossa geração é tudo menos sacrifício. Na verdade, ela é uma geração antissacrificial. Em nossa época, mulheres são humilhadas e crianças são sacrificadas de todas as formas – inclusive de forma literal, por meio do aborto em nome da “autoridade sobre os corpos” das mães, seja lá isso o que for – para que ideólogos validem suas teorias malignas e implementem suas agendas de poder.

Páscoa também é humildade. Jesus Cristo é Deus encarnado, ou seja, é Deus se despindo de Seus atributos divinos para caminhar na Terra como mortal. Nenhum outro ato de humildade poderá jamais superar esse. E o nosso mundo de hoje é o menos humilde desde que os dinossauros andaram por aqui. A tecnologia e as redes sociais fomentam um espírito exibicionista, levando as pessoas a uma competição pela foto mais bonita, pelo maior número de likes, pela quantidade de seguidores. Nem mesmo a igreja tem escapado: cultos e missas foram transformados em shows onde pastores, padres e cantores disputam a admiração mundana de fiéis-entre-aspas.

Páscoa é pureza. Somente o sacrifício de alguém completamente puro e limpo podia salvar a humanidade de sua ruína. E a pureza é tratada com desdém e desprezo pela geração atual. Ser puro é sinônimo de idiotice, fraqueza e fracasso. Pior que isso, as coisas mais puras que conseguimos produzir, os bebezinhos, são violentados desde o ventre até a tenra infância, para satisfazer o desejo doentio de abortistas e pedófilos. Morte à pureza é o lema deles.

Por todos esses motivos, precisamos demais da Páscoa. Afinal de contas, Páscoa é ressurreição, é a vitória da vida sobre a morte. A humanidade tem trilhado caminhos escuros que levam somente à degradação e, consequentemente, à morte. A beleza tem sido vilipendiada e corrompida. À virtude é reservado o desprezo, mas tudo o que a destrói é admirado e festejado. Marcos importantes são destruídos em prol de um novo mundo “mais inclusivo”. Tudo para o ego, nada para o próximo, somente ódio a Deus.

Como geração, precisamos da Páscoa. Precisamos da Santa Páscoa. Do sacrifício. Da humildade. Da pureza. Precisamos relembrar, nem que para isso tenhamos de ver a Paixão de Cristo mais uma vez.

Ele morreu por nós. Ele desceu ao inferno para livrar as almas cativas. Ele venceu a morte e ressuscitou. Aleluia, hoje é Páscoa.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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