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O presidente Lula comparou Israel aos nazistas durante viagem oficial à África.
O presidente Lula comparou Israel aos nazistas durante viagem oficial à África.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

No último domingo, o presidente socialista Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações das Forças de Defesa de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando [Adolf] Hitler resolveu matar os judeus”. A declaração tresloucada de Lula foi feita durante a Cúpula da União Africana, na Etiópia. Na ocasião, Lula fazia críticas aos países ricos que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA). A agência é acusada pelo governo de Israel de colaborar com o Hamas e, em resposta às acusações, Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Canadá, Itália, Suíça, Holanda, Alemanha e Finlândia suspenderam suas contribuições à UNRWA.

Socialistas defendendo o terrorismo e o antissemitismo

A declaração de Lula, que no passado se disse admirador de Hitler, é um desrespeito grosseiro não só ao Estado de Israel, mas à memória dos 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto perpetrado pelos nacional-socialistas alemães e seus aliados na Segunda Guerra Mundial, quando dois terços dos judeus europeus foram mortos. Quando Lula acusou Israel de genocídio pelas mortes da guerra em Gaza, ele estava na Etiópia. Uma selvagem guerra civil na Etiópia, na região do Tigré, entre 2020 e 2022, terminou com cerca de 500 mil pessoas mortas por fome, falta de assistência médica e assassinatos. No início de 2021, estimava-se que já houvesse cerca de 2 milhões de deslocados internos, em razão do conflito. A fala de Lula não foi apenas oportunista: foi cínica e cruel, posicionando-se de forma grosseira em favor de um grupo terrorista.

Até o presente foram mortos cerca de 25 mil palestinos na guerra de Israel contra o Hamas. Dentre estes, cerca de 12 mil eram combatentes do grupo terrorista. Como Lorde Andrew Roberts, historiador militar, jornalista e membro da Câmara dos Lordes, afirmou: “Mesmo se aceitarmos os números descontroladamente inflados do Hamas como fato, a proporção de mortes de civis e mortes de militares é inferior a 2 para 1. Para referência, a proporção média para uma guerra urbana moderna desse tipo é 9 para 1, em que os civis representam 90% das baixas. Essa proporção [na guerra em Gaza] é ‘surpreendentemente baixa’, especialmente em uma guerra em que um lado, o Hamas, usa rotineiramente os civis como escudos humanos. Embora toda vida civil perdida seja uma tragédia, é uma prova do cuidado, profissionalismo, ética e valores das Forças de Defesa de Israel”. A guerra de Israel contra o terror se enquadra nos parâmetros daquilo que pensadores cristãos, como Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino, entenderam como “guerra justa”. E, como disse Golda Meir, “se os palestinos baixarem as armas, a guerra acaba em paz para os dois lados. Se os israelenses baixarem as armas, será o fim de Israel”.

A declaração de Lula é um desrespeito grosseiro não só ao Estado de Israel, mas à memória dos 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto perpetrado pelos nacional-socialistas alemães e seus aliados na Segunda Guerra Mundial

Na verdade, é o grupo terrorista Hamas o genocida. No ataque contra Israel, em 7 de outubro de 2023, os terroristas palestinos assassinaram, torturaram e estupraram cerca de 1,2 mil judeus e sequestraram mais de 240, além de ferirem 3,4 mil. Há fartas evidências da admiração que os membros do grupo palestino têm pelo nazismo. No documento de fundação do Hamas está registrada a promessa de destruir o Estado de Israel, ou seja, exterminar todos os judeus da região. Para aqueles que têm uma clara direção moral, está evidente o ódio genocida dos adeptos do Hamas contra os judeus e contra a civilização. Em resposta às declarações de Lula, os terroristas palestinos publicaram uma nota agradecendo-o. Aliás, esta foi a segunda vez que eles parabenizam o socialista. Em 31 de outubro de 2022, o Hamas parabenizou Lula pela vitória nas eleições presidenciais brasileiras. Por sua vez, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, chamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “fascista”. A fala de Lula e seus parceiros sobre os judeus e o Estado de Israel deixa claro, mais uma vez, como o comunismo é tão parecido e tão nefasto quanto o nacional-socialismo.

A resposta às falas antissemitas do presidente socialista do Brasil foi imediata. Para Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, a declaração de Lula foi “ultrajante e abominável”. Ele também disse que “Lula apoia uma organização terrorista genocida – o Hamas”, e que por isso o socialista “viola os valores do mundo livre”. O primeiro-ministro Netanyahu afirmou que “Lula desonrou a memória de 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas. Demonizou o Estado judeu como o antissemita mais virulento. Ele deveria ter vergonha de si”. Ele também disse que “uma linha vermelha foi cruzada” por Lula. O chanceler Israel Katz escreveu que a “comparação [feita por Lula entre Israel e os nazistas alemães] é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe na cara de todos os judeus brasileiros”. Ele também declarou Lula como persona non grata em Israel, e classificou a declaração do esquerdista como “um ataque ao povo judeu e ao Estado de Israel”. Como ele também afirmou, “não esqueceremos e nem perdoaremos”. Assim, Lula se torna o primeiro presidente da história do Brasil a ser proibido de visitar um país.

O que parece é que a declaração de Lula foi intencional, visando radicalizar sua base de apoio, afastar o Brasil da única democracia plena do Oriente Médio e posicionar o país como aliado de países ditatoriais, como China, Venezuela, Cuba, Nicarágua, Rússia e Irã, um tipo de novo “Eixo do Mal”. Mas as palavras do líder socialista, que espalham o antissemitismo pelo país num nível jamais presenciado, também são um alerta para um possível recrudescimento do preconceito no Brasil.

Duas importantes instituições de proteção à memória do Holocausto condenaram o pronunciamento de Lula. O Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos afirmou que Lula promoveu uma “afirmação falsa e antissemita”. Dani Dayan, presidente do Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Jerusalém, escreveu que as palavras do presidente do Brasil são “vergonhosas” e constituem uma “extrema distorção” do genocídio de 6 milhões de judeus pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Ele também ressaltou que as falas de Lula podem ser consideradas antissemitas, segundo a definição da Aliança Internacional em Memória do Holocausto (IHRA).

O crescimento do antissemitismo entre evangélicos

A fala de Lula por si só merece todo o repúdio que está recebendo. Mas o apoio de Lula ao Hamas ocorre num momento em que cresce o antissemitismo em todo o Ocidente. Mesmo entre os jovens evangélicos nos Estados Unidos, o maior país protestante do mundo, o apoio a Israel está caindo, ao mesmo tempo que aumentam assustadoramente os ataques antissemitas contra judeus naquele país. De acordo com pesquisas recentes, o apoio a Israel entre os jovens evangélicos americanos caiu mais de 50% em apenas três anos. Motti Inbari, da Universidade da Carolina do Norte em Pembroke, e Kirill Bumin, da Universidade de Boston, apresentaram suas descobertas sobre as mudanças no apoio evangélico a Israel durante uma conferência organizada pelo Centro para o Estudo dos Estados Unidos (CSUS) na Universidade de Tel Aviv.

No fim de 2021, apenas 33,6% dos jovens evangélicos com menos de 30 anos apoiavam Israel, em comparação com 67,9% em 2018. Ao mesmo tempo, em 2021, 24,3% dos jovens evangélicos disseram apoiar os palestinos, em comparação com apenas 5% de três anos antes. Além disso, 42,4% (ou seja, quase metade) dos jovens evangélicos americanos com menos de 30 anos disseram não apoiar nem Israel nem os palestinos em 2021, em comparação com 25% em 2018. Yoav Fromer, do CSUS, enfatizou que os dados não mostram que os jovens evangélicos estejam abandonando Israel ou se tornando anti-israelenses, mas que estão priorizando Israel muito menos do que antes: “Eles não compartilham a mesma paixão e entusiasmo que seus pais e avós, e isso é importante”. Por que isso está acontecendo? Parte disso é que a “geração de americanos jovens cresceu num ambiente de informação muito diferente do dos seus pais e avós”, explicou Inbari. “Enquanto as gerações mais velhas testemunharam as lutas de Israel num Oriente Médio hostil, para a geração mais jovem, Israel é retratado como o agressor, enquanto os palestinos são [retratados como] as vítimas.” Além disso, em vez de acompanharem estações de notícias cristãs ou meios de comunicação tradicionais, os jovens evangélicos recorrem às redes sociais para obter notícias e informações.

Entre os jovens evangélicos nos Estados Unidos, o maior país protestante do mundo, o apoio a Israel está caindo, ao mesmo tempo que aumentam assustadoramente os ataques antissemitas contra judeus naquele país

A geração mais jovem de evangélicos também está passando por mudanças nas suas crenças teológicas. Embora os seus pais e avós nos Estados Unidos considerassem os judeus e Israel como cruciais na história da redenção, esta percepção parece estar mudando entre a geração atual. “Quase 7 em cada 10 jovens evangélicos [...] que entrevistamos na primavera de 2021 aderem às visões teológicas pós-milenistas e amilenistas, que vêem o povo judeu e o Estado de Israel como não mais necessários no cumprimento do plano de Deus para a segunda vinda de Jesus Cristo e o fim dos tempos”, disse Bumin. “Nossa pesquisa mostra que os pastores que aderem à teologia mais pró-Israel, chamada pré-milenismo, são mais velhos e menos diversificados do que os pastores que aderem às visões teológicas amilenistas e pós-milenistas”. Ele continua: “Muitos jovens evangélicos provavelmente procuram pastores que sejam mais jovens, mais ‘descolados’, mais parecidos com eles e, como resultado, é bastante provável que os evangélicos com menos de 30 anos estejam expostos ao ambiente inóspito da mídia, que pinta Israel como o agressor, e a tradições escatológicas que atribuem pouca importância teológica ao povo judeu contemporâneo ou ao Estado de Israel”.

O que acontece no cenário cristão americano acaba por exercer influência sobre os cristãos brasileiros. É questão de tempo que tal tendência influencie os evangélicos no país. Ao mesmo tempo, a igreja cristã tem uma grande oportunidade de se posicionar diante da onda de antissemitismo que avança pelo Ocidente. Mas, diante de tais mudanças culturais, como os cristãos devem proceder? Levando em conta que os livros da Escritura Sagrada foram escritos por judeus e que o Senhor Jesus, o Salvador do mundo, é judeu, como restaurar entre os cristãos atuais o amor pelos judeus e pelo Estado de Israel?

Os cristãos precisam combater o antissemitismo

Diferente do senso comum, a ênfase da Escritura em Israel, em sua terra e nos pactos firmados pelo único Deus com o povo judeu não diz respeito, primariamente, à escatologia – e os debates decorrentes sobre o milênio –, mas à soteriologia. Ou seja, se Israel perdeu seu lugar na aliança e sua eleição divina, como nós, cristãos, podemos encontrar descanso e conforto na graça, misericórdia e fidelidade do único Deus? Como confiar em Deus se Ele abandona aqueles aos quais jurou por si mesmo ser leal e fiel, entrando em aliança com eles e os elegendo para servir às nações?

“Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas. Eu as livrarei de todos os lugares por onde foram espalhadas no dia de nuvens e densas trevas. Vou tirá-las do meio dos povos, e as congregarei dos diversos países, e as trarei de volta à sua terra. Vou apascentá-las nos montes de Israel, junto às correntes de água e em todos os lugares habitados da terra. Deixarei que pastem em bons pastos, e nos altos montes de Israel será a sua pastagem. Ali elas se deitarão em boa pastagem e terão pastos bons nos montes de Israel. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus. Buscarei as perdidas, trarei de volta as desgarradas, enfaixarei as quebradas e curarei as doentes; mas destruirei as gordas e fortes. Eu as apascentarei com justiça. (...) Porei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará: o meu servo Davi. Ele as apascentará e será o seu pastor. Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas. Eu, o Senhor, falei. Farei uma aliança de paz com as minhas ovelhas. (...) Eu lhes darei plantação memorável, e nunca mais serão vítimas de fome na terra, nem terão de suportar a zombaria das outras nações. Saberão que eu, o Senhor, seu Deus, estou com elas e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus. Vocês são as minhas ovelhas, ovelhas do meu pasto. Vocês são o meu povo, e eu sou o seu Deus, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 34,11-16.23-25.29-31)

No cerne do debate sobre a ressurgência do antissemitismo entre os cristãos está o retorno à chamada teologia da substituição, também conhecida por supercessionismo, e que tem sido objeto de intenso debate ao longo da história do cristianismo. Este conceito, que ensina que a Igreja cristã substituiu Israel como o povo escolhido de Deus, tem implicações significativas não apenas para a interpretação das Escrituras, mas também para as relações entre cristãos e judeus e para a compreensão da identidade e missão da Igreja. A teologia da substituição remonta aos primeiros séculos da era cristã, quando os líderes da igreja gentílica buscaram explicar a aparente rejeição de Israel e a inclusão dos gentios no plano de salvação. A destruição de Jerusalém pelos soldados romanos em 70 d.C. e a subsequente diáspora judaica foram interpretadas como sinais da ira de Deus e da rejeição do povo judeu. Nesse contexto, a ideia de que a Igreja havia assumido o papel de Israel como o povo eleito começou a ganhar força.

No entanto, a teologia da substituição tem sido alvo de críticas por uma série de razões. Muitos argumentam que essa interpretação das Escrituras é teologicamente questionável, pois parece contradizer as promessas incondicionais feitas por Deus a Israel no Antigo Testamento. Além disso, a associação histórica da teologia da substituição com o antissemitismo tem levado muitos teólogos e clérigos cristãos a rejeitá-la como uma interpretação legítima das Escrituras. Após o Holocausto, muitas denominações cristãs, como as igrejas católica e luterana, repudiaram oficialmente a teologia da substituição, reconhecendo o papel que essa doutrina desempenhou na legitimação do antissemitismo ao longo da história. No entanto, nas últimas décadas, houve um ressurgimento de interesse pela teologia da substituição em certos círculos teológicos e eclesiásticos evangélicos.

A interpretação das Escrituras desempenha um papel central no debate em torno da teologia da substituição. É argumentado que as promessas feitas por Deus a Israel, no Antigo Testamento, permanecem válidas e não podem ser simplesmente substituídas pela Igreja. Como Dan Juster escreve: “Isso se deve à eleição de Abraão, Isaac e Jacó e seus descendentes. Embora possa haver punição e dispersão, esse povo étnico/nacional nunca irá perder sua eleição, mas sempre continuará sendo um povo (Lv 26,44). Além disso, existem inúmeras promessas para esse povo que vão se cumprir e que, de acordo com uma leitura honesta da história, ainda não foram cumpridas”. Passagens como as profecias de restauração de Israel e a promessa de uma terra prometida são citadas como evidências de que Israel mantém um papel irrevogável no plano divino. Juster continua: “E quanto a certos textos do Novo Testamento? Sim, por analogia, o Novo Testamento aplica a linguagem da Bíblia hebraica sobre Israel para a Igreja. No entanto, isso não pode ser uma substituição, mas um acréscimo. Na verdade, chamo isso de teologia da adição. [...] Além disso, devemos notar que a teologia da substituição não é apenas desnecessária, mas é uma violação dos capítulos mais claros do Novo Testamento, Romanos 9 a 11, que falam sobre Israel”.

A teologia da substituição promove uma visão distorcida das Escrituras e da relação entre Israel e a Igreja, potencialmente levando a uma interpretação equivocada da fé cristã

A leitura de textos do Antigo Testamento, como Amós 9,15, Joel 3,20-21, Isaias 49,6, Isaías 62,1-4, Jeremias 23,7-8, Jeremias 31,35-37 e Zacarias 12,3;14,1-5.16, incluem promessas de permanência na terra para Israel, a habitação eterna de Judá e Jerusalém, a missão do Servo do Senhor para restaurar Israel e trazer salvação, promessas de justiça e salvação para Sião e Jerusalém, o retorno dos filhos de Israel à sua própria terra, a fidelidade de Deus à semente de Israel e promessa de sua preservação como nação, e eventos escatológicos envolvendo Jerusalém e as nações. Essas passagens apresentam desafios à interpretação da teologia da substituição, destacando a importância de considerar cuidadosamente o contexto histórico e o significado original das Escrituras ao abordar questões teológicas complexas.

Além das questões teológicas, a teologia da substituição também levanta preocupações éticas e sociais. A associação histórica dessa doutrina com o antissemitismo e a marginalização dos judeus na história da igreja cristã ressalta a importância de uma abordagem cuidadosa e sensível da Escritura. O reconhecimento do papel único e contínuo de Israel no plano de Deus é essencial para promover o diálogo e a compreensão mútua entre cristãos e judeus. Recomendo o estudo de A importância de Israel, escrito por Gerald McDermott, e Por amor de Sião, de minha autoria, como pontos de partida para o estudo da Escritura numa perspectiva integrada, valorizando uma “teologia da adição”, ou seja, que Deus graciosamente inclui em seu único povo, Israel, a “oliveira boa” (Rm 11,24), gentios penitentes – como fez no Antigo Testamento, atraindo para a fé Raabe e Rute, tornando-as parte da nação escolhida pelo único Deus.

A teologia da substituição continua sendo um tópico de debate e controvérsia dentro do cristianismo. Embora alguns ainda defendam essa doutrina como uma interpretação legítima das Escrituras, ela deve ser rejeitada como teologicamente questionável e moralmente problemática. A interpretação cuidadosa das Escrituras, o diálogo inter-religioso entre judeus e cristãos e o engajamento com as complexidades da história e da teologia cristã são essenciais para avançar nesse debate e promover uma compreensão mais profunda e compassiva das questões em jogo. E, nesse sentido, clérigos são vitais para estimular nas igrejas cristãs uma leitura das Escrituras que promova o reencontro com Israel e os judeus. A teologia da substituição promove uma visão distorcida das Escrituras e da relação entre Israel e a Igreja, potencialmente levando a uma interpretação equivocada da fé cristã. Essa teologia esteve associada a atitudes antissemitas ao longo da história, promovendo preconceitos e injustiças contra o povo judeu. Clérigos que ensinem e preguem contra tal interpretação podem, portanto, ajudar a promover uma compreensão mais precisa e compassiva da fé cristã, baseada no amor, na justiça e no respeito pelos judeus, os irmãos mais velhos dos cristãos, e os guardiões das Escrituras Sagradas. E não custa enfatizar aos que odeiam os judeus e Israel: o maior dos judeus, o Senhor Jesus, governará toda a criação, marcando o fim da história e o estabelecimento da Nova Jerusalém em Sião.

Am Yisrael Chai

A tragédia que se abateu sobre os judeus no Holocausto nacional-socialista alemão é inexplicável, o que torna infames e ultrajantes as falas de Lula contra os judeus e o Estado de Israel. Elas revelam que, para os esquerdistas, o antissionismo é uma forma velada de antissemitismo. E o antissemitismo é um dos preconceitos mais antigos e persistentes da história. Mas, como Golda Meir afirmou, “Israel é a garantia mais forte contra outro Holocausto”. Am Yisrael Chai. O povo de Israel vive.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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