Bicicleta da Setran: denúncias devem ser feitas à PM (190) ou Guarda Municipal (153).| Foto:
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Não está fácil para ninguém! A prefeitura de Curitiba é mais uma vítima dos ladrões de bicicleta que atuam na cidade. Uma das bikes que compõe a frota da ciclopatrulha da Secretaria de Trânsito (Setran) foi furtada durante a madrugada de um depósito na sede do órgão, ao lado da Rodoferroviária.

O equipamento, no valor de R$ 1.250, estava preso apenas pela roda em um paraciclo, com uma blocagem de pressão. Aproveitando o descuido, o ladrão deixou a roda dianteira presa e levou o restante da bicicleta.

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“Lamentavelmente levaram uma das bicicletas, que é patrimônio de todos os curitibanos. O que nos chateia é que ela foi roubada em uma área que vem registrando vários outros furtos, inclusive de funcionários da Setran e da Urbs”, diz o diretor de fiscalização da Setran, Eder Rodrigues. Segundo ele, pela manhã, um dos agentes percebeu que o equipamento havia sido furtado. A Setran informa que registrou um boletim de ocorrência sobre o episódio, ocorrido há cerca de um mês.

Rodrigues isenta os agentes de qualquer descuido, pelo fato de não terem prendido a bicicleta pelo quadro, como é recomendado em casos de blocagem móvel. “Eles prenderam de acordo com as condições que havia naquele equipamento”, justifica. Segundo ele, depois do furto, as outras bicicletas da Setran passaram a ser guardadas em uma sala fechada, monitorada por câmera e alarme.

Das três bicicletas que sobraram, duas estão há um mês paradas por falta de manutenção. O diretor da Setran afirma que a pasta não tem recursos orçamentários para realizar os reparos necessários nas bicicletas. Apenas uma bike vem sendo usada em ações de fiscalização. O equipamento é dividido por dois agentes da ciclopatrulha nos turnos da manhã e da tarde.

Uma fonte que conhece de perto o funcionamento da ciclopatrulha, sob condição de anonimato, afirma que, no início, as bicicletas recebiam revisões periódicas a cada 45 dias para garantir condições adequadas de trabalho aos agentes. “Se estão quebradas agora é porque não tiveram a manutenção preventiva. Esperaram as bicicletas quebrarem para deixá-las encostadas”, afirma. A mesma fonte critica o fato de os equipamentos ficarem expostos no depósito. “Deram sopa. Agora que roubaram, vamos ver se tomam mais cuidado com as que restaram”, aponta.

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Rodrigues reconhece que, por falta de recursos, a manutenção dos equipamentos vem sendo feita, em média, a cada quatro meses. Não há previsão orçamentária para consertar as bicicletas nem prazo para que voltem a circular.

Ampliação

Em julho, a Setran revelou que após o concurso para a contratação de novos agentes vai lançar uma licitação para compra de 20 bicicletas para ampliação da ciclopatrulha, que será composta por 40 agentes. O projeto de lei que cria a carreira de agente de trânsito da Setran está tramitando na Câmara Municipal de Curitiba e somente após a aprovação do texto a prefeitura poderá lançar o concurso público para o preenchimento das vagas.

O concurso prevê a contratação de 250 novos agentes, que serão somados ao efetivo atual de 350 funcionários cedidos pela Urbs, totalizando 600 agentes em 2014. Cerca de 15% do efetivo contratado pelo concurso vai usar a bicicleta na rotina de trabalho, o que corresponderá a 6% do total de agentes.

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Outros sete agentes manifestaram interesse em compor a ciclopatrulha, mas aguardam a realização de exames médicos antes de começar a pedalar. Segundo a Setran, o plano é o de usar a ciclopatrulha em todo o anel central e também nas regionais, dentro de um plano de descentralização da fiscalização.

Histórico

Em novembro do ano passado, ainda durante a administração Ducci, o Ir e Vir de Bike denunciou o descaso da administração pública com as bicicletas da ciclopatrulha, que na ocasião estavam largadas em um depósito a céu aberto — o mesmo de onde a bicicleta foi roubada. Os equipamentos – cujo valor somado atinge R$ 5 mil – estavam expostos às intempéries ao lado de placas, cones e cavaletes inutilizados, presas apenas por uma corrente e um cadeado.

Denúncia

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As bicicletas da Setran têm quadro e suspensão dianteira da cor branca, com selos de identificação da Setran e da Prefeitura Municipal de Curitiba. O cambio é Shimano (rapid-fire) e rodas Vzan. Além disso, tem iluminação dianteira (branca)e traseira (vermelha). Quem vir uma bicicleta com essas características sendo usada por alguém, que não um agente da Setran, pode denunciar para a Polícia Militar (190) ou para a Guarda Municipal de Curitiba (153).

Serviço

Quem teve a bicicleta roubada ou furtada deve registrar Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Militar, informando todos os detalhes da bicicleta, como marca, modelo, características individuais (adesivos, arranhões, peças). Também é importante manter a nota fiscal de compra e informar o número de série do quadro (gravado embaixo do movimento central).

Em Curitiba, há um grupo no Facebook que reúne informações sobre bicicletas roubadas na cidade. Já na página Alerta de Bikes Roubadas Curitiba é possível compartilhar detalhes sobre sobre furtos e roubos.

Outro serviço colaborativo, desenvolvido na plataforma Google Maps possibilita o mapeamento das regiões com maior incidência de furtos e roubos de bicicletas na capital paranaense.

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