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Gênios da lâmpada não há. Um cílio que cai e é prensado entre dedos, a hora de soprar as velinhas no bolo de aniversário, a primeira estrela que se vê ao anoitecer, nada disso nos garante a realização de desejos. Desejar livremente, sim, todos nós podemos. Quantas vezes quisermos, nas mais variadas situações, em todos os momentos, um dia inteiro, a madrugada adentro. As vontades seguem numa prece, numa oração, numa reza, em meditações, em suspiros. E é no fim do ano que somos empurrados, mais do que nunca, a fazer pedidos. Se acreditamos em maior ou menor grau que se realizarão, isso depende da fé e da esperança de cada um, do poder que botamos em nós mesmos e tiramos do imponderável e, não tem jeito, da compreensão da realidade, das reais possibilidades.

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Preparei minha lista de desejos para 2021. Estava longa, tirei a raiz quadrada, subtraí, eliminei um bocado dela. A vontade era ter nas presidências da Câmara e do Senado políticos honestos, competentes. Entre os deputados, alguém assim até se apresentou, mas não está no páreo. O jeito é querer parlamentares que abandonem o oportunismo, o egoísmo, que entendam que há uma agenda no Congresso que não é de um governo, é de um país. Reforma Tributária, Reforma Administrativa... Posso querer que o Congresso trabalhe como nunca, com produtividade, objetividade, com a maioria pelo bem do Brasil? Então, a Reforma Política e a Reforma do Judiciário também estão entre os meus desejos para o ano que vem.

O Supremo Tribunal Federal terá um novo ministro. Marco Aurélio Mello se aposentará em julho do ano que vem. Desejo que seja indicado para o lugar dele um juiz que respeite e defenda a Constituição. Quero um STF que julgue o que deve ser julgado, que prenda quem deve ser preso, que mantenha preso quem não deve ser solto, que não seja, como disse o jurista Modesto Carvalhosa, um “garantidor do crime”, que não atire contra a Operação Lava Jato, que não alimente a impunidade. Quero um Supremo que não invente um “inquérito do fim do mundo”, que não queira ser “o editor do Brasil”, que não censure, não persiga, não penalize a opinião, a crítica, a liberdade de expressão. Um STF que não crie aberrações, que não extrapole sua competência, não faça ativismo judicial, não pretenda ser Legislativo, Executivo. Não quero outro Nunes Marques.

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Considerando um desejo apenas tudo o que mentalizo para o STF, acredito que tenho direito a mais um pedido... Que em 2021 caiam todas as máscaras, que as falsas promessas de proteção e segurança condenem seus autores. Que os interesses políticos e comerciais nessa guerra contra o vírus chinês sejam escancarados. Chega de atos ditatoriais disfarçados de medida sanitária. Mais cuidados verdadeiros, reais, menos demagogia e hipocrisia. A liberdade não vai continuar doente, jamais permitiremos. O vírus não se rende a ameaças autoritárias, nós também não.