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Fabio de Brito (à direita) apnhou de verdade para criar empresa de estatísticas de MMA. Foto: Reprodução/Facebook
Fabio de Brito (à direita) apnhou de verdade para criar empresa de estatísticas de MMA. Foto: Reprodução/Facebook| Foto:

Fundada em 2014, a startup gaúcha Fight Analytics já é a maior provedora independente de estatísticas de MMA do mundo, com clientes no Brasil, Canadá, Estados Unidos, México, Polônia e Suécia.

E o jornalista Fábio de Brito, de 28 anos, pode falar que levou muita porrada para conseguir alavancar a empresa. Literalmente.

Faixa-preta e professor de muay thai, ele foi a própria cobaia no desenvolvimento do método de coleta dados.

Ao contrário do futebol, cujas estatísticas são mais simples de aferir (número de gols, finalizações, escanteios, impedimentos, defesas, etc.), o MMA tem o intangível como peculiaridade.

“Durante oito meses fui dar aulas de muay thai e depois pedia para os alunos me darem socos em uma certa posição, depois em outra, joelhadas, cotoveladas…  Tudo para saber o que era significativo e o que não era. Para saber o que realmente afetava os lutadores em cada situação”, conta.

“Duvido que os outros tenham tomado golpe para saber”, completa o apaixonado por lutas, que viu futuro no negócio assim que percebeu que a concorrência era pequena– basicamente a americana Fight Metric (oficial do UFC) — e também pouco qualificada sua visão.

A experiência própria, aliada ao estudo exaustivo de vídeos de lutas em câmera lenta, geraram uma planilha com cerca de três mil dados possíveis para cada atleta.

Diante de tanta informação, Fábio e seus dois sócios, Lucas Inocente e Letícia Figueira, receberam um conselho: simplificar.

Desde dezembro de 2015, já com o aporte de um investidor, a Fight Analytics coleta nove estatísticas em tempo real de lutas de diversos campeonatos:

    Lógica do videogame invertido

    E como fazer isso ao vivo, com máximo de precisão possível?

    “Meu sócio desenvolveu um painel que funciona como um videogame ao contrário. Temos um coletador treinado e com experiência em artes marciais para cada luta. E ele aperta os botões no teclado assim que acontece alguma ação. Teve soco, aperta o botão. Chutou, aperta o botão”, explica Brito, que garante entre 70% e 80% de precisão durante a luta.

    Atualmente, além de ser o provedor oficial de estatísticas do canal Combate, a empresa localizada em Porto Alegre também fornece dados para o torneio Combate Americas e para o USA Today, um dos maiores conglomerados de mídia dos Estados Unidos.

    “Eu só penso em luta e consegui transformar isso na minha maneira de viver”, comemora Brito.

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