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O UFC detalhou nessa quarta-feira (3), em Las Vegas, nos Estados Unidos, seu novo programa  antidoping. A partir do dia 1.º de julho, o controle dos mais de 500 atletas do campeonato vai ter, no mínimo, 2.750 exames ‘surpresa’ em período fora de competição por ano. A punição para uso de esteroides anabolizantes, por exemplo, agora tem pena de até quatro anos – o dobro da atual. Em caso de reincidência, a punição também será dobrada.

A Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), que fechou uma parceria com o Ultimate, será responsável por conduzir o programa. O UFC estima gastar ‘milhões de dólares’ para bancar todos os testes.

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“O UFC deu um corajoso salto para o bem de seus próprios atletas ao desenvolver uma política antidoping de ponta, baseada no modelo da Wada (Agência Mundial Antidoping) e gerida de maneira independente e transparente”, elogiou o diretor executivo da USADA, Travis Tygart.

Entre o fim do ano passado e o começo de 2015, vários escândalos de doping atingiram duramente a reputação do UFC. Em dezembro, fora de período de competição, o ex-campeão meio-pesado (até 93 kg) Jon Jones foi flagrado por uso de cocaína. O americano foi apenas multado.

Em fevereiro, o brasileiro Anderson Silva caiu no doping por uso de esteroides anabolizantes em testes antes e depois do combate contra Nick Diaz. Spider foi suspenso preventivamente e deve ter a pena de um ano oficializada até o fim do mês.

No mesmo evento, o  Diaz foi flagrado por uso de maconha, enquanto o cubano Hector Lombard foi pego por utilizar esteroides.

Agora, qualquer caso de doping  resultará na desqualificação do resultado da luta, perda de bolsa do infrator e até do cinturão, se for o caso. “Estamos tentando ser proativos para arrumar coisas que pareciam ser impossíveis de ser arrumar”, afirmou o presidente da organização, Dana White.

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“Existe a chance de que alguns lutadores de alto nível, ou de que qualquer outro lutador, sejam pegos. Lutas importantes podem ser canceladas por causa disso, mas estamos preparados para lidar com isso”, acrescentou Lorenzo Fertitta, um dos donos do campeonato.

Seguindo o código da Wada, cocaína e maconha continuarão a ser testadas apenas em período de luta (12 horas antes até 6 horas depois).