Grafite e Montillo. Jonathan Campos/Gazeta do Povo e Vitor Silva/SSPress/Botafogo.| Foto:

Grafite pediu a rescisão de seu contrato com o Atlético na última sexta-feira (7). Insatisfeito com seu desempenho (um gol em 24 jogos), e cobrado pela torcida, o jogador de expressiva carreira internacional e uma Copa do Mundo no currículo se mandou antes do combinado.

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A atitude do avante de 38 anos rendeu elogios rasgados de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, que exaltou a “honestidade e o caráter” de Grafite. E lembrou a postura do meia Montillo, que recentemente deixou o Botafogo.

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Castigado por seguidas lesões, o argentino foi ainda mais radical: decidiu se aposentar do futebol aos 33 anos. Na avaliação do então botafoguense, a recuperação havia sido feita da melhor forma possível e, apesar disso, as dores voltaram. Não dava mais.

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São atitudes incomuns no futebol. É normal ver boleiros já sem condições, ou sem motivação alguma, jogando só por dinheiro. É o que se chama no meio da bola de “roubar”, por motivos óbvios. E há ainda quem se esconda atrás de lesões “misteriosas” que nunca saram.

Não é um comportamento exclusivo dos jogadores, claro. Em todas as profissões, em todos os segmentos, existem pessoas assim. Sem contar que há também quem dependa daquele emprego para sustentar a família e, diante disso, se agarre de toda forma em uma última chance.

Em todo o caso, foi bonito de ver a atitude de Grafite e Montillo. Mesmo em dificuldade, ou em baixa, no caso do ex-atleticano, os dois saíram por cima. Que sirva como exemplo para todos, boleiros ou não.

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