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Embate entre o deputado Tarcísio Motta (PSOL) e Domingos Sávio (PL) sobre indicação do deputado Nikolas Ferreira.
Embate entre o deputado Tarcísio Motta (PSOL) e Domingos Sávio (PL) sobre indicação do deputado Nikolas Ferreira.| Foto: Ana Carolina Curvello/GP

Mesmo após todo o descontrole antidemocrático, já bastante enraizado entre os parlamentares governistas, fui eleito na última quarta, dia 6, para ser presidente da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados. Os trabalhos ainda nem começaram e já foi possível perceber uma grande mudança após a minha nomeação: de repente, todos admitem o caos e dizem se preocupar com a educação. É óbvio que tudo não passa de discurso barato; mas o fato é que talvez, como nunca antes, as atenções estarão voltadas para o que será feito.

Assumindo a nova função, na qual passo a ser um moderador em vez de um debatedor, deixo claro que nós faremos uma comissão bastante plural no sentido de debate de ideias, com audiências públicas para ter também a presença da sociedade civil, que eu acredito ser muito importante. Entendo que, por inúmeros episódios recentes no Brasil, alguns se desacostumaram com liberdade e com o direito à voz; mas ali, como um defensor não apenas verbal da democracia (pois palavras não valem nada sem atitudes condizentes), tanto a base como oposição terão espaço.

Enquanto os autodenominados paladinos da educação ignoraram o desespero de vários pais e professores, além do ensino das crianças, minha luta pelo retorno das aulas seguia firme

Em um ano extremamente importante para a educação no país, discutiremos temas como o novo Plano Nacional de Educação, a questão da violência nas escolas e o homeschooling, que foi adotado por diversos países, inclusive pelos mais desenvolvidos, mas que a esquerda vive atacando por aqui.

O modo de agir da esquerda só confirma que não aprenderam nada com o que aconteceu em 2018, nem entenderam que frutos seguem sendo gerados, principalmente entre os jovens. Tudo o que me envolve gera ira em uma bolha que segue sempre o mesmo mantra de tentar assassinar reputações. Confesso que chego a achar graça, pois é muito esforço e ataques coordenados para tentar me desgastar sem sucesso. O primeiro que vale a pena destacar é a narrativa de que nunca elaborei projetos sobre educação. Não só apresentei, como os meus projetos viraram lei em Belo Horizonte, ainda durante o exercício do meu mandato como vereador. São eles:

  • Lei Nº11451/2023: Garante o direito de prioridade de matrícula de irmãos na mesma unidade escolar da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte;
  • Lei Nº11328/2021: Instituiu o Empreendedorismo e Noções de Direito e Cidadania como temas a serem abordados no contraturno das escolas municipais de educação integral;
  • Lei Nº11581/2023: Garante aos estudantes do município de Belo Horizonte o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas e orientações legais de ensino, na forma que menciona.

Também inventaram o fato de que eu nunca lutei pelas questões da área. Mas qual seria a definição de "lutar"? O bloqueio de R$ 332 milhões para a área feito por Lula em 2023, repetindo o que já havia acontecido com Dilma em 2015, quando o MEC perdeu R$10,5 bilhões no governo que havia escolhido o slogan "Pátria Educadora"? As notas baixas que se mantiveram estáveis durante todos os últimos anos com a esquerda no poder, mas que cobraram avanço como se fosse mágica em 4 anos de gestão Bolsonaro?

O mais irônico disso tudo foi ver alguns políticos progressistas se gabando de terem vários mandatos e anos de experiência no âmbito educacional, quando queriam me descredibilizar por uma suposta falta de domínio no assunto. Na verdade, ratificam uma autocrítica de que, mesmo "lutando" pela pauta durante muito tempo, não houve mudanças significativas para melhor. Tudo bem que a experiência, para quem defende o ex-presidiário, também deve ser relativa. Afinal, não fizeram questionamentos contra seus aliados que assumiram cargos sem qualquer formação em suas áreas de atuação, incluindo ministros do atual governo.

Fato é que, durante a minha primeira experiência na política, enquanto muitos estabelecimentos enfim receberam autorização para serem reabertos durante a pandemia, as escolas permaneciam fechadas, contrariando inclusive a recomendação da UNICEF. Enquanto os autodenominados paladinos da educação ignoraram o desespero de vários pais e professores, além do ensino das crianças, minha luta pelo retorno das aulas seguia firme. Estudar não era possível pois seria um risco, mas na hora de se aglomerar para fazer campanha política, não pensaram duas vezes.

Diferente da ideia que tentam propagar, quem está preocupado em utilizar os ambientes educacionais para formar cada vez mais militantes e menos profissionais não sou eu. A linguagem neutra tampouco é uma prioridade pra mim, já que não existe inclusão preocupada em mudar a cultura de um povo e prejudicar ainda mais a alfabetização, além de excluir mais de 43 milhões de brasileiros para teoricamente incluir pouco mais de 1% da população.

Meu ego não está estratosfericamente acima da minha capacidade, como acontece com os que me colocaram como inimigo. Reconheço que ainda preciso aprender muito. A presidência de uma comissão não irá solucionar de um dia para o outro um problema de mais de uma década, que eles finalmente admitiram, mesmo sem querer. Porém, se há algo de que não tenho dúvidas, é que farei o meu melhor e que estou no caminho certo. Reitero que a minha preocupação não é agradar meus opositores, e sim representar milhões que confiam em mim e colaborar pelo desenvolvimento nação que represento. Enquanto alguns publicizam uma preocupação com a minha ascensão, sigo motivado para mais um novo desafio.

Conteúdo editado por:Bruna Frascolla Bloise
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