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Um protesto contra os altos impostos estaduais para os vinhos – os mais caros do Brasil
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Uma peça da campanha produzida pelos importadores, comerciantes, lojistas e restaurantes para denunciar os altos impostos sobre o vinho.

O vinho que se bebe em Curitiba é o mais caro do Brasil. Além da já pesada carga de impostos federais que cada um de nós tem de pagar em tudo, o Estado do Paraná tira um belo naco dos valores pagos pelos consumidores. Do preço total de cada garrafa, por exemplo, 65% ficam com governo estadual.

E isso tem provocado uma debandada de consumidores para outras alternativas, desde a revitalização de velhos contrabandistas que estavam meio aposentados, até a compra pela internet, conseguindo pagar pouco mais da metade do que é cobrado por aqui.

Quer dizer, o tiro foi para o pé. O governo estadual não arrecada mais, pois as divisas estão indo lá para fora, e os importadores, lojistas e restaurantes daqui, estão se enfraquecendo por falta de vendas (a maioria dos restaurantes já não cobra mais rolha, para não perder os clientes).

Para citar outro exemplo, uma das mais famosas confrarias gastronômicas de Curitiba, que sempre comprou vinhos dos importadores da cidade, de uns tempos para cá começou a encomendar seus vinhos pela internet, pois os valores locais implicaria em um indesejado aumento das mensalidades.

Para protestar e alertar para a situação delicada, acontece nesta quarta (30), às 15h, o evento Chega de Impostos!, na Praça de Alimentação do Mercado Municipal de Curitiba. O encontro, que tem o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), da Associação Comercial do Paraná (ACP) e da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), é um protesto contra a alta carga tributária dos vinhos no Paraná.

Lojistas, comerciantes, empresários e consumidores estarão reunidos na tentativa de sensibilizar o governo do Estado para que reverta a situação que hoje faz do Paraná o Estado com o vinho mais caro do País. Eles já tiveram uma reunião com o secretário estadual de finanças, que não se sensibilizou com a delicada situação e disse que nada mudaria.

O protesto é válido, pois está sendo prejudicial a todos, do importador ao comerciante, do restaurante ao consumidor, e principalmente ao governo, que não teve o crescimento de arrecadação que esperava nessa área. Pelo contrário, está perdendo receita pela fuga dos clientes a outras alternativas.

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