Se teve algo que plataformas online como o Youtube ofereceram no ramo dos negócios, foi a chance de se produzir conteúdo e gerar renda, em qualquer parte do país. Prova disso é a agência curitibana Coletive, que no ano passado chegou ao seu primeiro R$ 1 milhão de faturamento, focando apenas em desenvolver e orientar a carreira de influenciadores digitais e youtubers.
Fugindo de qualquer bairrismo possível, a agência mantém na cartela figurinhas nacionais populares, como a filha do comediante Renato Aragão, Livian Aragão, o escritor paulista Fred Elboni e a finalista do The Voice Kids, Rafa Gomes. A maior estrela, no entanto, é internacional. A holandesa Nienke Helthuis foi uma das aquisições mais importantes para o casting da empresa, já que sozinha mantém engajamento de cerca de 3,3 milhões de inscritos em seu canal online.
“Ela nos abriu muitos contatos, sem dúvida, mas também nos fez adquirir uma experiência com contratos internacionais, envio de pagamentos, que nos encorajou a tentar uma expansão”, explicou Virginia Crema, uma das três sócias do empreendimento.
“O Brasil é o segundo país que mais consome Youtube no mundo. Passamos a enxergar que existem produtores de conteúdo lá fora, como a Nienke, interessados em entender nosso país e o que é interessante produzir para esse público”, explica.
Novos caminhos
Com a recente abertura de uma filial em São Paulo, a empresa espera crescer, no ano que vem, até 10%. É na capital paulista que os sócios Lucas Coelho e Ricardo Almeida cuidam de perto da aquisição de novos clientes e gerenciamento da carreira dos 15 youtubers, clientes fixos da agência.
“ Consideramos que fazemos um atendimento estilo boutique, personalizando o que cabe a cada youtuber produzir e entregar, dentro de suas características e de sua personalidade. Fazemos a ponte entre marcas, empresas e influenciadores, mas também orientamos o conteúdo, entendendo que é a identidade e a criatividade de cada um deles que torna o canal atrativo”, resume a empresária.
Criada em 2015, a empresa iniciou as tratativas com youtubers oferecendo um modelo de vendas online de produtos que carregavam a marca do influenciador. Foi o caso, na época, de Kéfera Buchmann, um dos maiores nomes brasileiros na plataforma de vídeos. De lá para cá, o formato de trabalho mudou, as vendas online ficaram para trás e o agenciamento também foi estendido a empresas.
“Ano passado fizemos consultorias de conteúdo para empresas como a Positivo, Sebrae e até Uber, como uma forma de orientação do que seria interessante produzir”, completa Virginia Crema.
Trabalhando com o formato de cobrança de comissões por eventos e ações de marketing, a Coletive estima que somente em 2018 os influenciadores em sua carteira tenham movimentado mais de R$ 3 milhões.
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