Membracel, uma membrana celulósica que substitui a pele em curativos, passa por testes de durabilidade nos laboratórios da Vuelo Pharma.| Foto: Divulgação / Vuelo Pharma
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A inauguração de uma nova unidade fabril da Vuelo Pharma em Curitiba se mostrou uma aposta bem-sucedida na estratégia de ampliar as receitas da empresa paranaense. Especializada em produtos voltados ao bem-estar de pacientes ostomizados, a Vuelo Pharma investiu R$ 4,5 milhões na nova unidade, transferida de Almirante Tamandaré para a capital em 2021. As novas máquinas e equipamentos, associadas a pesquisas de desenvolvimento de produtos, têm feito a empresa conquistar mais espaço no mercado de healthcare.

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Quem detalha os bons números de 2022 é Thiago Moreschi, sócio-diretor da Vuelo Pharma. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele comentou sobre a necessidade de ampliação da empresa e o que a ampliação trouxe de resultados. “Nós tínhamos uma demanda à qual não estávamos conseguindo atender, isso já vinha há uns 8 meses. Graças a Deus deu certo. Entre janeiro e as três primeiras semanas de março de 2022 já faturamos mais do que a metade de todo o ano passado. Aumentamos nossa capacidade produtiva em 500% com a nova unidade. Foi um planejamento que deu certo”, revelou.

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Produtos dão bem-estar e minimizam desconforto em situações delicadas

A Vuelo Pharma trabalha com três produtos em sua linha principal. Um deles é um spray de barreira, que protege a pele por até 72 horas de lesões decorrentes de fricção ou adesivos de bolsas de ostomia, e até do uso contínuo de máscaras, como as utilizadas na prevenção da Covid-19.

Outro item na linha de produção da empresa é um produto utilizado diretamente por pacientes ostomizados e que, destaca Moreschi, traz ganhos na qualidade de vida desses pacientes. “Em alguns casos a bolsa pode gerar odores, e isso influencia no dia a dia de quem precisa usar esse acessório após uma cirurgia, por exemplo. Nosso produto solidifica o conteúdo da bolsa em um gel e conta com óleo essencial de lavanda que dá um cheiro agradável. Isso acaba com o desconforto, com o constrangimento que pode vir pelo uso da bolsa. Uma paciente que usou esse produto nos enviou um relato dizendo que se sentiu mais confortável para visitar a casa dos filhos e dos netos, porque não tinha mais que lidar com o mau cheiro vindo da bolsa. Esse é um feedback muito bom para nós”, comentou.

Por fim a empresa conta com o Membracel, uma película de celulose que funciona como um substituto temporário da pele. Quando aplicado diretamente sobre uma ferida aberta profunda, como as escaras que se manifestam em pacientes acamados por longo tempo, ou queimaduras, a membrana colabora no processo de cicatrização reduzindo o nível de dor sentido pelo paciente. “É um produto sustentável, baseado em celulose e outros ingredientes ‘verdes’, que traz bem-estar aos pacientes ao diminuir a dor e acelerar a cicatrização de feridas na pele. Isso ajuda na volta desse indivíduo às atividades normais em um tempo mais rápido. Temos relatos de queimaduras em rosto que tiveram uma redução de 98% da cicatriz que poderia se formar”, comentou.

Vuelo quase dobrou o número de funcionários

Para atender a demanda dos três produtos, a Vuelo Pharma investiu também na contratação de pessoal. A expansão, disse Moreschi, foi de 94,4% nos últimos anos. “Contratamos profissionais especializados no controle de qualidade e desenvolvimento de novos produtos. Também criamos um laboratório com equipamentos modernos que permitem que a empresa invista em pesquisas, em novas tecnologias e no desenvolvimento de produtos inovadores. Novos produtos já estão em fase de pesquisa, para posterior teste e desenvolvimento. Em breve vamos abrir novas vagas em outros setores. A meta é manter o crescimento, tanto nos produtos quanto no quadro de funcionários”, comentou.