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Paula Harraca
A autora Paula Harraca.| Foto: Reprodução/ LinkedIn

Com mais de 1,5 milhão de empreendimentos ativos no Paraná, as empresas que querem se destacar precisam correr em busca de inovação. Sustentabilidade, valores, propósitos alinhados e constante evolução tecnológica. Mas o que seria inovação? "Inovar é aprender", diz a executiva referência em ESG, Inovação e Gestão de Pessoas, com mais de 25 anos de experiência, Paula Harraca.

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Inovação auxilia a empresa a aumentar a sua longevidade, ou seja, ampliar sua permanência no mercado. A pandemia da covid-19 fez o mercado acelerar nessa área devido às adversidades que se impuseram. As mudanças vindas pela pandemia impactaram diretamente os empreendimentos e o avanço com a inovação.

“Com a constante evolução tecnológica, as novas formas de trabalho e valores, estamos vivendo em um mundo que está bem diferente. A pandemia foi um momento de aceleração de inovação. Estão vindo soluções inovadoras, formas de atender melhor a demanda de maneira mais eficiente”, afirma Paula Harraca, autora do livro O poder transformador do ESG: como alinhar lucro e propósito.

Com o crescimento da preocupação sobre a saúde mental, a demanda por soluções práticas e dinâmicas, as empresas precisam se adaptar. “Inovação é estar em prol de construções melhores para o mundo. Não são termos novos, o ser humano inova sempre, buscando formas de melhorar”, acrescenta. Segundo a executiva referência em ESG, inovação e gestão de pessoas, as empresas precisam ser mais horizontais e menos verticais.

“Esse ambiente deve ser horizontal, inovação não é apenas a invenção de um produto, mas simplificar a experiência do cliente, entregar a proposta de valor mais fácil e disponível”, diz.  

Executiva referência em ESG, Inovação e Gestão de Pessoas, Paula Harraca

Ela pontua que, à medida que a tecnologia avança, o ser humano também modifica. "Estamos vivendo esse momento. As pessoas esperam que as soluções sejam rápidas e eficientes”, complementa.

“Inovação é motor do ESG”, afirma Paula Harraca 

A pauta ESG, que representa a governança ambiental, social e corporativa, é uma tendência no mercado empresarial. Nesse sentido, é uma tendência que empresas estejam mais preocupadas com a sustentabilidade e a cultura da empresa. Harraca destaca que a inovação é um motor do ESG. Ela deu o exemplo que os consumidores estão dispostos a pagar mais pelo produto quando há uma certificação da empresa com compromisso ambiental ou social.

“A sustentabilidade é como um norte. Quais as estratégias de sustentabilidade [de uma empresa], como quereremos contribuir para o mundo? Inovação é um motor do ESG, ou seja, econômico, social e governança andam juntos. O econômico faz parte integral de uma empresa sustentável”, afirma.

A executiva frisa que as empresas que desejam ser inovadoras não podem estar focadas somente em soluções tecnológicas, mas devem ser abertas para outras propostas. “Inovação não é apenas o foco em produto e desenvolvimento tecnológico. Não precisa inovar sozinho, pode inovar com as universidades e outras empresas. É um ecossistema de inovação. São muitas as oportunidades”, ressalta.

Cultura organizacional é desafio, diz especialista

Para estar na corrida da inovação, um dos principais desafios é a cultura organizacional, que se refere ao padrão de comportamentos tolerados ou não tolerados pelos sistemas da empresa ao longo do tempo. “A energia do 'nós sempre fizemos assim aqui' impede de fazer o novo”, evidencia Paula Harraca.

“A cultura organizacional é uma nova disciplina da gestão e é desafiador. Não tem só relação com os valores que defendemos. A cultura se revela pelo pior comportamento tolerado pela liderança”, afirma.

Por isso, segundo a especialista, é preciso que os gestores que querem inovar aceitem os erros, busquem espaços de desafios e novos projetos. “Humildade para aprender, generosidade para compartilhar, responsabilidade para se comprometer e a coragem para inovar”, elenca Harraca.

Paraná investe em empresas inovadoras  

No começo deste ano, o Sebrae e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresentaram o programa Crédito Inovação, em que o Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) são os operadores do. O programa tem o objetivo de facilitar a contratação de linhas de crédito por micro e pequenas empresas que buscam investir em atividades inovadoras.

A iniciativa disponibilizou até R$ 1 bilhão em linhas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o financiamento das empresas desse porte em todo o país, por intermédio das instituições financeiras parceiras. Com essa parceria, o Sebrae contratou consultores especializados e oferece consultorias gratuitas. “O Paraná vem direcionando vários esforços para promover a inovação”, disse Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná.

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