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Fábrica da Peróxidos do Brasil na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Albari Rosa/Gazeta do Povo
Fábrica da Peróxidos do Brasil na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Albari Rosa/Gazeta do Povo| Foto:

O ano de 2018 tem um significado especial para a empresa Peróxidos do Brasil. Além de comemorar 30 anos da operação em Curitiba, a empresa está no seleto grupo de companhias que, apesar da crise, seguem investindo.

A empresa vai investir R$ 22 milhões para ampliar a produção de peróxido de hidrogênio da fábrica, localizada na Cidade Industrial de Curitiba. Até o final do primeiro semestre de 2019, os novos equipamentos que serão instalados na área de hidrogenação vão aumentar a capacidade da planta das atuais 187 mil toneladas por ano para 200 mil toneladas, um incremento de quase 7%.

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A ampliação da planta de Curitiba não é um plano isolado. Faz parte de um programa de investimentos mais ambicioso, de cerca de R$ 200 milhões, que inclui novas ampliações da fábrica da CIC e novas operações em outros países até 2020. Além de uma planta no Sul do Chile – prestes a ser construída e com custo estimado em US$ 25 milhões – a Peróxidos do Brasil está tirando do papel três terminais de distribuição para ajudar a escoar melhor o produto nesses mercados: um no Norte do Chile, segundo maior mercado da empresa depois do Brasil, um no Peru e outro na Colômbia.

“Estamos felizes com o investimento na planta de Curitiba. Em um momento de crise como este, fazer um investimento industrial, principalmente no setor químico que costuma sofrer bastante em períodos assim, é algo muito positivo”, afirma Carlos Silveira, CEO da Peróxidos do Brasil.

O investimento, segundo Silveira, ajuda a reforçar a posição de liderança da empresa na América Latina. Nos últimos três anos, a Peróxidos do Brasil cresceu entre 5% e 10%. Neste ano, deve crescer 20%.

Com aplicação em diversos setores, 40% do peróxido de hidrogênio (também conhecido como água oxigenada) produzido na fábrica de Curitiba é exportado, em ordem de volume, para pelo menos cinco países da América do Sul: Chile, Peru, Argentina, Colômbia, Equador. A maior parte da produção da empresa é absorvida pelo mercado brasileiro. Do que fica aqui, 55% atendem ao principal mercado da empresa, o setor de papel e celulose.

Mini-planta próxima a grandes clientes é a aposta da Peróxidos

É nesta área, inclusive, que a empresa desenvolveu um novo e promissor modelo de negócios. Além dessa unidade de produção em Curitiba, a Peróxidos do Brasil tem uma planta dedicada especialmente à Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz, no Maranhão. Essa mini-planta industrial, inaugurada no final de 2017, foi construída com tecnologia toda feita em casa pela empresa, denominada MyH2O2. Com capacidade de produção de 12 mil toneladas de peróxido de hidrogênio, a unidade industrial é operada remotamente a partir da planta de Curitiba.

A mini-planta usa matérias-primas da fábrica da Suzano para produzir o peróxido de hidrogênio, que é utilizado na fábrica da empresa no processo de branqueamento da celulose. Isso resolve, por exemplo, a questão logística do transporte do peróxido, encurtando 2.600 quilômetros entre Curitiba e Imperatriz, no Maranhão. Essa unidade industrial é operada remotamente a partir de Curitiba.

A consolidação dos investimentos previstos nos próximos anos deve elevar a capacidade de produção da Peróxidos do Brasil para um número próximo de 250 mil toneladas de peróxido de hidrogênio – 230 mil só na planta de Curitiba, até 2019. A diferença virá das duas mini-plantas da empresa, a que será construída no Chile e a que já funciona na fábrica da Suzano. Além delas, a empresa já negocia para os próximos anos a instalação de outras mini-plantas de produção de peróxido de hidrogênio com outras empresas, sobretudo do setor de celulose.

Mesmo com o crescimento deste novo modelo de negócios, com mini-plantas próximas a grandes clientes, Silveira ressalta que a planta da capital paranaense tem um papel de porto-seguro da empresa para atender ao crescimento da exportação, além de outros mercados em que a empreaa tua como, por exemplo, mineração e metalurgia, tratamento de água e meio ambiente e plastificantes e polímeros.

“A fábrica de Curitiba está muito fora do padrão de uma fábrica convencional de peróxido de hidrogênio, que produz entre 30 mil e 100 mil toneladas”, diz. Quando entrou em operação, em 1988, a capacidade era de 11 mil toneladas. Agora, com a ampliação, vai chegar a 200 mil toneladas.

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