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Pandemia ressaltou busca por produtos de saúde e higiene, como o álcool gel
Pandemia ressaltou busca por produtos de saúde e higiene, como o álcool gel| Foto: Gazeta do Povo

Ao lado de todo o legado comportamental, a pandemia do novo coronavírus deve deixar seus rastros nos hábitos de consumo. De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), as empresas paranaenses precisam estar preparadas para aumento na demanda de produtos de higiene, serviços ligados à área de saúde e conteúdos transmitidos pela internet (aulas online, por exemplo).

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O aumento nas buscas por este padrão de produto e serviço se tornou frequente nos últimos meses e, ao que tudo indica, eles vieram para ficar. O levantamento da Fiep tomou por base a análise de diversos estudos que avaliam o impacto da crise sanitária na oferta e demanda de produtos e serviços. Os insights podem ajudar industriários paranaenses a se posicionarem neste novo cenário.

O estudo aponta que os brasileiros passaram a priorizar hábitos como lavar as mãos, usar álcool gel e fazer a higienização pessoal, da casa e de alimentos, em detrimento de outras atividades. “O consumidor poderá desenvolver novos hábitos de higiene, o que representa uma oportunidade para que empresários fortaleçam ainda mais o marketing sobre tais temas e, assim, possam captar e ampliar suas demandas de longo prazo”, diz o estudo.

Para se ter um exemplo, os cuidados com a higiene pessoal subiram de 12% para 25% de antes da pandemia para o início dela. Ainda, 40% das pessoas avaliadas nos estudos aumentaram seus cuidados com a limpeza.

“Globalmente, os consumidores têm expectativa de gastar mais em itens básicos, como alimentos, suprimentos domésticos, produtos de higiene, bem como em entretenimento doméstico. Na direção oposta, à medida que os países avançam na curva de contágio, observa-se redução na possibilidade de compra em algumas categorias como roupas, calçados, joias, acessórios, viagens e entretenimento fora de casa. No Brasil, a expectativa é de aumento no consumo de itens de mercearia e materiais domésticos”, destaca também o estudo.

O aumento de consumo de bens perecíveis (como alimentos) é um dos principais insights. Com mais pessoas em casa, em regime de trabalho domiciliar, a busca pelo armazenamento destes produtos está em alta. “O adiantamento de consumo hoje pode gerar perspectivas de vendas a médio prazo, à medida em que os produtos da dispensa são consumidos. No caso particular dos alimentos, é possível esperar uma expansão sustentável, já que pessoas passarão a consumir mais em casa do que normalmente fariam”, indica a Fiep.

Por fim, o levantamento ressalta uma face mais óbvia do consumo em tempos de pandemia: a venda de produtos em lojas virtuais. “A vida em quarentena poderá remodelar os negócios, impulsionando a comercialização direta e online. Nesse sentido, é importante contar com uma cadeia de suprimentos e logística flexível e estar preparado para mudanças nos canais de comercialização”, aponta.

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