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Os apelos sexuais na mídia em geral nos induzem a acreditar que vivemos a era da sensualidade e dos prazeres. Imediatamente a mente viaja para um mundo repleto de prazeres, sem inibições onde casais apaixonados desfrutam de uma vida sexual sem limites.

No entanto, os estudos comprovam que tudo isso não passa de aparência. Na sociedade atual sexo virou obsessão, mas a cada dia que passa homens e mulheres tem menos disposição para o sexo. O corre-corre do dia a dia e as exigências dos tempos atuais são responsáveis por uma sexualidade menos ativa. Ou seja, quando a pessoa cai na cama só pensa em dormir. É gente normal, bem resolvida, sem problemas na área da sexualidade, tem parceiro fixo, mas que anda sem disposição. Na verdade, fala-se muito sobre sexo e pratica-se pouco…

Ao contrário do que afirma o senso comum, eles também dizem não!

Rafaela, 33 anos, casada há cinco anos confessa que morre de saudades do inicio do namoro e do casamento. As transas eram de perder o fôlego, carícias mil, muita criatividade e imaginação. Já no primeiro ano ele voltou a sair com os amigos após o expediente. Na sexta-feira joga futebol de salão. Volta exausto sai do banho e deita na cama sem fazer barulho. Em poucos minutos está roncando. E se o time dele perde, mais um tempo sem comparecer… O casal chega a passar semanas sem transar.

Embora o mundo enalteça o apetite sexual masculino, tem muita mulher por aí no jejum. Andressa diz que perdeu as contas de quantas vezes estava do jeito que o diabo gosta, mas ele com dor de cabeça. Muitas vezes se sentiu um lixo, horrorosa, desinteressante. Procurou ajuda terapêutica. Hoje vê a situação sob outra ótica. Sabe que o problema está na insatisfação dele – trabalho – casamento – situação financeira. Andressa tenta se insinuar com uma lingerie nova, mas ele inventa uma desculpa e diz que não está com cabeça. Sexo, só no final de semana se ele estiver com vontade ou se na TV não estiver passando nenhum filme interessante. Não se sentir desejada pelo próprio marido faz mal para o ego de qualquer mulher.

Sexo requer tempo

A fantasia e a imaginação são essenciais para o aumento do desejo entre duas pessoas. O cérebro se conecta ao campo dos sentidos de uma forma bem suave, através de um filme de amor, de uma música romântica, de um bom papo. Uma atmosfera propícia pode desencadear emoções prazerosas acompanhadas pela mente. O corpo acompanha o processo de aproximação. É preciso se deixar abraçar, se tocar.

Os povos orientais valorizam a aproximação, o toque, o ritual sensual e demorado que uma relação pode provocar. Já os ocidentais fazem tudo na correria, na pressa. Come-se e transa-se rapidamente.

Ter uma vida sexual prazerosa requer dedicação, o respeito à lei do desejo do parceiro e tempo para fantasiar. Amizade, paixão, desejo e carícias são os elos que mantêm uma união duradoura e gratificante. Cada um deve fazer a sua parte e não ficar esperando que o outro tome a iniciativa. O toque, o clima do momento mágico da entrega, o olhar de desejo e a sedução são os principais processos da sensualização que irão aquecer o romance.

Os casais que passam pelo excesso de calmaria na cama sabem que sexo dá mais trabalho do que se pensa. Com um cotidiano recheado de atrações dispersivas como: trabalho, filhos, internet, trânsito, tv, estudo, academia, happy-hours, viagens a negócios e ainda as obrigações do lar, fica difícil conciliar com uma noite de fogo e paixão. Cabe ao casal conversar abertamente sobre a insatisfação no plano sexual e ter coragem para juntos rever valores e buscar melhor qualidade de vida.

Muitas vezes a preguiça para o sexo pode ter raízes mais profundas. É preciso saber perceber quando é mero cansaço ou quando existe uma desmotivação generalizada associada à queda de hormônios ou a uma depressão. O stress diário para honrar os compromissos afeta o estado de espírito. E muita gente acaba transferindo este sufoco para a cama. Principalmente quando o nervosismo e a ansiedade pregam uma peça no super-homem e o levam a falhar.

Cada casal deve mensurar a freqüência ideal de relações sexuais de forma que ambos saiam satisfeitos. Tem gente que precisa de quantidade, outros se satisfazem com pouca, mas primam pela qualidade. Os momentos de amor de um casal são privativos e devem ser aproveitados para fortalecer os laços do relacionamento amoroso. Driblar a canseira, ficar atento às necessidades emocionais e físicas da intimidade, apostar na inventividade e na criatividade da arte de seduzir e se relacionar, deixará a vida muito mais colorida.

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