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Saber se relacionar com o sexo oposto não é tão fácil quanto parece. Há quem diga que os seres humanos deveriam vir ao mundo com manual de instruções.

Semanalmente recebo inúmeros emails de leitores que buscam uma palavra, orientação ou uma receita de harmonia. Costumo dizer que não existe uma fórmula mágica. Em qualquer relacionamento vários erros são cometidos, mas numa vida a dois, há alguns que são comuns. Erros que podem ser pivôs de uma futura separação.

Neste post estarei abordando um assunto recorrente nas histórias de muitos leitores. Os maiores erros que elas cometem com os homens (namorados, maridos, companheiros). Justiça seja feita. Em breve estarei postando os erros que eles cometem.

Apaixona-se pelo potencial que o homem pode ter

Muitas mulheres se apaixonam por tipos de homens e se casam com eles na tentativa, inconsciente é claro, de moldá-los aos seus desejos. Na realidade, elas estão fugindo de si mesmas e se sentem fracassadas quando seu homem não se transforma naquilo que pensavam vir a ser.

Elisa e Heitor se amavam muito, embora fossem completamente diferentes. Ela adorava dançar e ele odiava sair à noite. Mesmo assim resolveram tentar a vida juntos e sob o mesmo teto.

O relacionamento durou menos de um ano. Ela acreditava que aos poucos iria convencê-lo a sair para dançar. Nos quatro primeiros meses ele fez um enorme esforço e satisfez os desejos dela. A partir dali começou a arrumar um monte de desculpas. Mesmo sendo um homem carinhoso deixou de corresponder à imagem de homem que ela tinha. Por mais que ela insistisse para que ele ficasse como ela queria, não conseguia atingir o seu objetivo. A questão da dança era apenas um dos problemas que começaram a aparecer.

No fundo ela tinha problemas sérios mal resolvidos e inconscientemente queria resolvê-los com o parceiro. Ela passou a viver a vida dele e esqueceu-se da sua própria. Optaram por viver cada um na sua casa para poder preservar o amor. Só se encontravam para ter prazer e curtir as coisas boas da vida, inclusive, eventualmente dançar.

Mas o amor requer mais do que isso. Vínculo, presença, comprometimento, conexão, elos. Esse relacionamento durou mais dois anos. Até que ambos “pularam a cerca”, pois não se sentiam comprometidos o suficiente para serem fiéis.

Age como a mãe dele, tratando-o como criança

Sabemos que há muitas relações nas quais o homem busca a mãe e a mulher o filho. Mas quando a mulher resolve se portar como mãe e não como companheira e amante, muita coisa acontece. A primeira delas é ela ser superprotetora. Faz absolutamente tudo e não dá espaço nem para ele pensar. Ela é sua babá 24 horas por dia. Sem ela, ele não é nada. Não sabe onde está, nem as suas cuecas.

A princípio ele pode se acostumar e gostar, afinal, quem não quer que outra pessoa se encarregue de fazer tudo? Mas, aos poucos, essa situação pode arruinar totalmente o casamento, pois a mulher sufocará tanto o marido que o impedirá de se sentir alguém. Sabemos, porém, que um dia todos os meninos se separam de suas mães e, portanto, a mulher que assume esse papel ficará a ver navios.

Há casos neste tipo de relação em que o homem se sente um tremendo incompetente e por isso se torna incapaz de gostar dele mesmo, e muito menos dos outros. Portanto, se você é uma mulher que está se comportando como mãe do seu marido ou namorado avalie que é melhor mudar. Respeite o tempo dele para fazer as coisas e não assuma o que é de sua responsabilidade. Deixe-o ser como é e verá que ambos ganharão muito com isso, especialmente você.

Veja um erro muito comum e simples de ser resolvido, mas que a mulher com comportamento maternal costuma deixar crescer como uma bola de neve. Maria, mulher independente, casou-se com Anacleto, engenheiro, culto e bem sucedido. No dia a dia foram vivendo o seu amor. Ela gostava de ter a casa toda arrumadinha e queria que tudo fosse feito no seu tempo. Ele também gostava das coisas em ordem, mas sua velocidade era outra. Resultado: Maria acabava fazendo tudo em casa, inclusive as tarefas que desde o início haviam sido designadas para Anacleto.

Em pouco tempo ela estava reclamando que ele não fazia absolutamente nada e percebeu que o erro era seu. Ela estava repetindo o que sua mãe tinha feito com seu pai. Parou, repensou e resolveu mudar de atitude. Sua primeira providência foi fechar os olhos e não reclamar para a sujeira do banheiro que era tarefa dele. Às vezes ela contava até 100, 1000, mas não colocava a mão na massa. Ele entendeu o recado e começou a fazer a sua parte. Ambos trabalham fora e por isso as responsabilidades domésticas precisam ser divididas. A mulher deve se policiar porque há uma tendência natural de se portar como mãe – instinto maternal, e pior que isso, mãe autoritária, o que não é bom para nenhum relacionamento.

Submete-se ao homem que ama, esquecendo-se de si mesma

Ao contrário do que acontece com as mulheres que cometem o segundo erro, estas tendem a esquecer de si mesmas quando encontram um companheiro. Seus sonhos, seus gostos e desejos ficam em segundo plano. Ele está em primeiro lugar. Com o tempo ela se torna totalmente dependente dele ao ponto de não fazer mais nada sem antes consultá-lo. Ele se torna, assim, centro do seu mundo.

Resultado, além dela se aniquilar como pessoa, aniquila a vida do outro. Susane se casou com Alex que antes de conhecê-la tinha um milhão de amigos, viajava pra tudo que lugar e era muito paquerado. Ele adorava viver desse jeito. Quando conheceu Susane, ela o transformou no centro das suas atenções, dedicou-se de corpo e alma e exigiu que ele fizesse o mesmo, afastando-o de seus amigos. Namoraram durante dois anos. Não suportando mais a situação ele optou por terminar o casamento.

Mártir no amor

É a mulher que se faz de tola num relacionamento a dois. Jamais responde ao marido, não se defende, ouve tudo calada e, mesmo estando certa abaixa a cabeça. Tem verdadeiro pavor de ouvir críticas, principalmente se elas vêm do marido. Deixa-se usar, ser xingada e até maltratada por ele. Não quer de jeito nenhum aborrecê-lo e, então, faz de tudo para agradá-lo, inclusive engolir “sapo”.

Veja o que aconteceu com Elis e Adriano. Ela costumava tratá-lo maravilhosamente bem e este vivia maltratando-a. Falava alto e a humilhava na frente das pessoas. Ela sempre o desculpava e viveram assim quatro anos. As humilhações passaram a ser mais frequentes e um belo dia ela se cansou de tudo isso e resolveu reagir.

Recobrou a sua dignidade e virou uma megera. Buscou ajuda terapêutica e pediu a separação. Ele a infernizava alegando que a terapia estava virando a cabeça dela. Depois de algum tempo se reconciliaram. Mas ela está infeliz. Descobriu que é outra mulher. A mártir morreu… Agora se questiona se deve insistir no casamento ou se separar.

Fala das fraquezas e esconde as qualidades

Tem muita mulher que tem medo de perder seu homem e faz de tudo para não concorrer com ele. Para não ameaçar o parceiro, ela se finge de incompetente e não mostra suas qualidades. Beth e Marco estão casados há doze anos. Ambos são bancários, possuem o mesmo nível de escolaridade, mas não ganham o mesmo salário. Ela passou num concurso interno e fez uma carreira meteórica. Consequentemente ganha três vezes mais do que ele. Beth passou a não se sentir bem com a situação. Basta ele fazer um comentário positivo que ela encontra justificativas. É que desde o início ela encobriu suas qualidades e potencialidades, talvez até dela mesma, como se mostrá-las pode colocar o casamento em risco. Hoje Marco garante que se sente orgulhoso com o crescimento profissional da esposa. Mas, ela parece não acreditar.

Finge ser frágil para conseguir o que quer

Tem muita mulher que se mostra frágil para conseguir o que deseja. Isso é covardia. Fala com voz de menininha, dando uma de ingênua, mesmo não sendo assim. Quando está zangada aparenta mágoa e, pior, chama seu marido de papai. Na realidade quer ser filha dele e age como criança.

Quando a mulher age dessa forma, das duas uma, ou está testando seu companheiro ou então precisa da figura paterna porque não teve na infância.

Ver Sara e Roni se tratando como crianças chega a dar aflição. Uma mulher com mais de 1,80m assumindo um papel de menininha mimada, com voz infantil chamando Roni de paizinho – não combina com o seu porte físico. Ele não se importa, acha bonito e assim faz todas as vontades dela.

Em geral este tipo de relacionamento não tem vida longa. O homem acaba se cansando. É preciso acordar e cair na real. Quem está ao lado é o marido e não o pai.

Errar é humano. Sei que homens e mulheres cometem os mesmos erros. Muitas vezes até com o intuito de agradar o seu par ou mesmo para evitar sofrimento. Mas, exagerar na dose pode causar efeito contrário. O mais importante é avaliar o tipo de relação que está vivendo. Muitos casais vivem as situações acima como sendo normais e são muito felizes.

Os erros e acertos fazem parte de nossas vidas. Quem nunca errou?

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