O secretário de estado da Saúde, Beto Preto, até tentou evitar polêmica, nesta sexta-feira (18), durante o recebimento de mais 234 mil doses de vacinas contra o coronavírus, ao ser questionado sobre as críticas da prefeitura de Curitiba acerca do calendário de vacinação divulgado pelo estado, com questionamentos sobre as quantidades de doses repassadas à capital. No entanto, no final de sua resposta, o secretário cobrou respeito por parte do município e criticou a estratégia curitibana de concentrar a vacinação em poucos pontos da cidade.
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“Respeito é uma palavra que foi muito repetida nos últimos dias. Na questão da vacinação, respeitar as pessoas é não deixá-las em filas esperando no frio e na chuva. Respeitar as pessoas é colocar a vacina perto da casa delas, fazer a descentralização efetiva. Vamos fazer saúde pública com ciência e não com politicagem neste momento”, afirmou Beto Preto, logo após dizer que não queria alimentar polêmica.
“Não gosto de alimentar esse tipo de polêmica, pois estamos em uma guerra. O calendário vacinal é esperança, é expectativa positiva depois de um ano e três meses. A caneta do secretário de saúde não decide para onde vai essa ou aquela vacina. Tudo é feito em pactuação com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde. No início, muitas cargas vieram com destinação pré-definida pelo Ministério. Quando passamos a tentar administrar quantitativo para a vacinação por idade, passamos a pactuar efetivamente com o conselho”, disse Beto Preto. “Com muito respeito eu quero dizer que nós precisamos vencer isso. Aqui no Paraná, Secretaria de Saúde cuida da divisão e do envio de doses, para imunizar os 399 municípios, todos os paranaenses serão imunizados, inclusive os da capital. Temos um respeito e uma responsabilidade que não nos deixa errar. Nosso trabalho tem sido muito leal, olho no olho e quando tem discussões, brigas, no âmbito administrativo, a gente resolve e avança”, acrescentou.
O secretário citou que o fato de passar uma dificuldade com a opinião pública por causa da vacinação no município angustia o prefeito e sua equipe. “Mas não se pode perder a razão. Nossos dados estão abertos. Ontem encaminhamos expediente ao Tribunal de Contas, o Ministério Público, à Controladoria Geral do Estado. Todos os nossos dados estão abertos, a distribuição foi feita em cima de orientações do Ministério da Saúde, para os grupos prioritários, e, agora, pactuadas com os secretários municipais de saúde”.
Doses recebidas serão destinadas a gestantes e população em geral, por idade
O Paraná recebeu, na manhã desta sexta-feira (18), 234 mil doses de vacinas contra o coronavírus, sendo 90 mil doses de Coronavac e 144 mil do imunizante produzido pela Pfizer. Segundo o secretário Beto Preto, as doses de Coronavac serão destinadas à vacinação de 45 mil gestantes em todo o estado, sendo reservada a segunda dose já neste atual lote. A maior parte do lote da Pfizer (95 mil doses) será distribuída a todos os municípios que se considerarem aptos a manuseá-la para a aplicação na população em geral, pela ordem de idade. Há, ainda, a previsão de 16 mil para trabalhadores da educação básica, 16 mil para ensino superior e 1.400 doses para o serviço de assistência social.
“Nosso calendário proposto até 30 de setembro é colocado em cima do que estamos recebendo nas últimas semanas e os contratos que o Ministério assinou para a compra de mais doses. Se o governo se comprometeu a comprar 150 milhões de doses até setembro, sabemos que o Paraná, por ter 5% da população do Brasil, receberá certa de 7 milhões de doses. E, assim, temos capacidade de vacinar, vamos vacinar e vencer esses momentos difíceis que estamos passando”, disse Beto Preto. “Se o ministério entregar tudo o que está sendo comprado, o 30 de setembro poderá até ser antecipado. Se atrasar um pouquinho, o 30 de setembro está mantido. Se houver um problema maior, poderá passar um pouquinho de 30 de setembro, mas esse é o nosso horizonte”, concluiu.
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