Ex-secretário de saúde, Beto Preto, agora, é assessor especial do Governador.| Foto: Albari Rosa/SESA
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Fora do governo e da Assembleia Legislativa após o prazo de desincompatibilização dos secretários de Estado que pretendem disputar as eleições de outubro (vencido em 1º de abril), o ex-secretário de saúde Beto Preto (PSD) e o ex-vice-líder do governo na Assembleia Gugu Bueno (PSD) foram nomeados com cargo em comissão na secretaria. Os dois são, a partir desta semana, assessores especiais da governadoria, com cargo de simbologia DAS-1 e salário de R$ 9,5 mil R$ 11,4 mil mensais, respectivamente.

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Segundo suplente do PSD na Assembleia, Gugu Bueno perdeu a cadeira que ocupava com a desincompatibilização dos ex-secretários Marcio Nunes (PSD) e Marcel Micheletto (PL), que estavam licenciados do Legislativo e retomaram seus mandatos dentro do prazo de desincompatibilização. Sem mandato, foi acolhido na governadoria, onde, segundo ele, vai assessorar o governador na relação com o Poder Legislativo e com prefeitos e vice-prefeitos. “É uma função de assessoria direta ao gabinete do governador. Vou atuar no encaminhamento de matérias legislativas, já que, como vice-líder, tinha conhecimento dos projetos em tramitação. Também vou ajudar no atendimento a prefeitos e vice-prefeitos”, disse.

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Ao contrário de Micheletto e Nunes, Beto Preto não tem mandato eletivo, mas pediu exoneração porque é pré-candidato a deputado federal nas eleições de outubro. A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu afirmou que Beto Preto, que é funcionário público do Estado, agora terá cargo na governadoria para “exercer a função de assessor especial da governadoria, contribuindo com as ações do governo voltadas à gestão administrativa, tendo em vista sua experiência com dois mandatos na prefeitura de Apucarana”. Por já ter vínculo com o Estado, a remuneração de Beto Preto é menor do que a de Gugu Bueno.

As participações de Beto Preto e Gugu Bueno no governo do estado têm prazo para serem encerradas. Pela legislação eleitoral, ocupantes de cargos comissionados de assessoramento que pretendem disputar as eleições também precisam se desincompatibilizar, mas apenas três meses antes do pleito. Assim, eles deixarão os cargos em julho.

O ex-líder do governo na Assembleia, Hussein Bakri (PSD), também ficou sem mandato com o retorno dos deputados licenciados que estavam nas secretarias estaduais. Apesar de ter sido convidado, Bakri, no entanto, optou por não assumir função no governo. “A liderança me tomou muito tempo, me enterrei na função, abdiquei de todos os projetos pessoais e políticos. Agora, embora tenha recebido convite do governador, optei por já dedicar à construção da candidatura, voltando às bases, visitando os 80 municípios que representei”, disse.