Depois do alvoroço causado pela filiação de Sergio Moro ao Podemos e sua pré-candidatura à presidência da República, a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao PL também pode provocar movimentações na tabuleiro político do Paraná com relação às eleições de 2022. O PL, hoje, está na base de apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), tendo o secretário estadual de Administração e Previdência, Marcel Micheletto, e o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, Gugu Bueno. O partido tende a estar na coligação de Ratinho Junior no ano que vem, mas, agora, dependerá do apoio oficial do governador à reeleição do presidente.
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“A prioridade é uma composição com o governador Ratinho Junior. Vamos sentar com ele e ver como dá para fazer. Com o presidente no PL, nós temos dois caminhos para seguir no Paraná. Nossa principal meta é apoiar a reeleição do Ratinho e tê-lo conosco. Caso não consiga compor com o Ratinho, vamos lançar candidato para ter palanque para o presidente da República”, disse o presidente estadual do PL, deputado federal Giacobo, afirmando que poderá disputar o Senado. “Temos que ter cautela, neste momento. Primeiro temos que esperar a filiação do presidente, embora eu veja como certa. Feito isso, temos que sentar com o presidente Bolsonaro e ver o que ele quer para o estado do Paraná. Ele já me antecipou que ele quer um candidato forte ao Senado e eu coloquei meu nome à disposição”.
O apoio de Ratinho Junior a Bolsonaro, visto como certo há alguns meses, não está mais garantido, uma vez que o PSD do governador trabalha pela candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, à presidência da República, ao mesmo tempo em outro grupo de aliados tenta colocá-lo no palanque de Sergio Moro. Na última visita de Bolsonaro ao Paraná, no início do mês, em Ponta Grossa e Castro, o governador não o acompanhou. “Quero acreditar que foi um problema de agenda. O presidente é parceiro do governador, sempre foi, gosta dele. O PL é parceiro também. Pretendemos não romper esse casamento”, disse Giacobo.
O presidente estadual do PL afirmou, no entanto, que, caso Ratinho Junior não apoie a reeleição do presidente, já tem alternativa. “Vamos buscar aliança com o Ricardo Barros (PP), que vem ventilando que a Cida [Borghetti, ex-governadora e esposa de Barros] ou o irmão dele [Sílvio Barros, ex-prefeito de Maringá] podem ser candidatos, apoiados pelo presidente da República. Mas tudo são conjecturas. Nossa principal meta é a aliança com o Ratinho. Queremos caminhar juntos, mas o governador precisa apoiar o presidente”, concluiu.
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