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Márcio Nunes é cotado para voltar ao secretariado de Ratinho Junior.
Márcio Nunes é cotado para voltar ao secretariado de Ratinho Junior.| Foto: José Fernando Ogura/ANPr/José Fernando Ogura/ANPr

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) afirmou que só tratará da composição de seu novo secretariado em novembro, após o segundo turno da eleição presidencial, em que está diretamente envolvido na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Até lá, não se fala disso, não tem nenhum movimento neste sentido e o que for falado sobre isso não passou por ele”, avisa um interlocutor direto do governador. Não é bem assim. Nos bastidores, já está se tratando disso. Deputados eleitos e não eleitos esperam e especulam sobre a decisão do governador. Alguns nomes que só deixaram o Executivo para se desincompatibilizar e disputar a reeleição podem voltar ao Governo, outros devem, agora, seguir no Legislativo.

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Apesar de a “reforma do secretariado” só ser discutida em novembro, Ratinho Junior renomeou o agora deputado federal eleito Beto Preto (PSD) para a Secretaria da Saúde, logo após a eleição. No entanto, nem mesmo a permanência dele está garantida para 2023. “Volto para concluir os projetos desta gestão”, declarou, sem dizer se seguirá no governo ou irá para Brasília no ano que vem.

Com uma grande aliança formada para a reeleição, Ratinho Junior terá que abrir espaço para diversos partidos em seu governo. O PL, do presidente Jair Bolsonaro, tem o deputado estadual Marcel Micheletto, que foi secretário de Administração e Previdência até a desincompatibilização e, hoje, lidera a bancada governista na Assembleia, mostrando ter a confiança do governador. Pode voltar ao Executivo, mas o partido quer mais. O nome do deputado federal Paulo Martins, que disputou o Senado nesta eleição (e perdeu), está no radar.

No PP, é dada como certa a volta do deputado estadual Guto Silva ao governo. Chefe da Casa Civil de Ratinho Junior durante quase todo o mandato, Guto deixou o governo para tentar ser candidato ao Senado; acabou preterido na aliança do governador, atuou na coordenação de campanha e não terá mandato a partir de 2023. Deve voltar ao governo, mas não na Casa Civil, que tende a permanecer com João Carlos Ortega (PSD).

Do PSD do governador, o deputado estadual reeleito Márcio Nunes, que foi secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, e, ao menos um dos irmãos Sandro Alex e Marcelo Rangel (eleitos deputados federal e estadual, respectivamente) deve voltar ao governo. Ex-líder de Ratinho Junior, Hussein Bakri (PSD) também está cotado, embora declare preferir ficar no Poder Legislativo (e, até, disputar a presidência da Assembleia).

Já no União Brasil, o ex-secretário de Justiça, Trabalho e Família, Ney Leprevost, eleito deputado estadual, não deve voltar para o governo. O nome mais cotado para representar o partido no primeiro escalão de Ratinho Junior é o de seu presidente estadual, o deputado federal Felipe Francischini. Outros partidos que podem surgir no primeiro escalão, por conta do apoio na eleição, são MDB, Cidadania e PSDB, mas ainda não se fala em nomes e nem pastas.

A especulação acerca dos possíveis novos secretários alimenta as ambições dos candidatos que ficaram na suplência nas eleições deste ano. O deputado estadual Pedro Paulo Bazana, primeiro suplente do PSD, já teria sido informado que assumirá mandato em 1º de fevereiro. Reichembach, o segundo suplente, também alimenta esperanças. No PL, caso Micheletto volte para o Governo, Jairo Tamura ficaria com a cadeira na Assembleia. Na Câmara, caso seja confirmado o convite a Francischini, Newton Bonin herdaria a vaga do União Brasil. Já no PSD, o deputado estadual Rodrigo Estacho (PSD) torce para que um deputado federal do partido assuma uma secretaria.

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