Marcada para o próximo sábado (02 de janeiro) a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Curitiba promete ser uma das mais acirradas deste século. Presidente da Casa nos últimos dois anos, Sabino Picolo (DEM) é novamente candidato valendo-se do entendimento da Constituição e do Regimento Interno da Casa de que, como se trata de uma nova legislatura, com novos vereadores, não configuraria uma reeleição, o que é vedado desde a reforma do Regimento após o afastamento de João Cláudio Derosso, que presidiu a Câmara por oito mandatos.
Receba as principais notícias do Paraná em seu celular
Um grupo de vereadores contrários a esta reeleição, no entanto, vem angariando o apoio dos vereadores eleitos para primeiro mandato para tentar desbancar Sabino e o nome de Tico Kuzma (Pros) ganha força como alternativa deste bloco.
A eleição para a presidência da Câmara de Curitiba é feita de forma indireta. Após a posse dos novos vereadores, no dia 1º e antes da sessão para a formação da Mesa, no dia 2, são formados blocos partidários para a indicação dos nomes à Mesa. Ao maior bloco, cabe a indicação do presidente da Casa. Um vereador que participa diretamente da discussão sobre à formação desta Mesa revelou à coluna que Sabino Picolo teria o compromisso dos partidos de 19 vereadores que adeririam a seu bloco, exatamente metade dos 38 vereadores da Câmara. Se não conseguir o apoio de mais nenhum partido, os outros 19 parlamentares poderiam formar um segundo bloco (de apoio a Kuzma) e haveria um inédito empate na história do Legislativo Municipal.
A possibilidade de formação de mais de um bloco partidário com o mesmo número de vereadores não está prevista no Regimento Interno da Casa, mas vereadores consultados pela coluna interpretam que, neste caso, os dois blocos indicariam seus nomes à presidência e eles seriam submetidos a votação nominal. Aí, qualquer vereador poderia votar em qualquer candidato, independente do bloco do qual seu partido faz parte. E os articuladores da Câmara já mapeiam possíveis desertores.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião