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Soldado Adriano José no plenário da Assembleia.
Soldado Adriano José no plenário da Assembleia.| Foto: Dalie Felberg/Alep

Assessor do gabinete do deputado estadual Soldado Adriano José (PV) no período entre fevereiro e agosto de 2019, Fernando Luis Reynaud, denunciou o deputado ao Ministério Público do Estado (MPPR) pela prática de rachadinha (quando o deputado exige a devolução de parte de seus salários), emprego de funcionários fantasmas e irregularidades no recebimento de verba de ressarcimento. Soldado Adriano nega todas as denúncias e as atribui a retaliação do ex-funcionário, que já teria sido indiciado pela Polícia Civil por difamação e injúria contra o deputado.

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Segundo a denúncia, ao menos 10 funcionários do gabinete do deputado, que está no primeiro mandato, teriam sido registrados com salários superiores aos que negociaram com o parlamentar para trabalhar em seu gabinete, mas tinham que devolver os valores recebidos a mais para que fossem utilizados para financiar a campanha de reeleição de Adriano José. O ex-assessor também citou que o deputado apresenta notas de despesas de combustível que não condizem com seus deslocamentos para ressarcimento pela Assembleia e que empregava como funcionária fantasma a mulher do ex-vereador de Paiçandu Eduardo Pioneiro, que não pode exercer cargo público por ter sido cassado e perdido os direitos políticos.

O Ministério Público do Estado informou, por meio da assessoria de imprensa, que há um procedimento investigatório criminal instaurado a partir da denúncia do ex-assessor do deputado, no âmbito da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, mas não detalhou as investigações pelo fato de o processo tramitar sob sigilo.

Soldado Adriano José nega as denúncias e diz que trata-se de retaliação do ex-funcionário por ter sido exonerado. O deputado citou que o ex-assessor foi indiciado pela Polícia Civil por espalhar calúnias na internet contra o parlamentar. “Ele trabalhou na nossa campanha e depois no nosso gabinete, por seis meses, mas foi exonerado porque não tinha competência para trabalhar como assessor parlamentar. Desde a exoneração dele, começou a surgir na internet um bombardeio de postagens com fake news anônimas, justamente com essas mesmas denúncias que ele está fazendo. Denunciamos à Polícia Civil, que chegou aos telefones e ao IP de computadores dele e o indiciou por injúria e difamação”, conta. A existência desse inquérito foi confirmada pela reportagem.

Adriano José nega a prática de rachadinha e as demais irregularidades apontadas por Reynaud. O deputado admitiu, no entanto, que a mulher do vereador Eduardo Pioneiro trabalhou por um período em seu gabinete, mas já foi exonerada. “As denúncias dele não procedem. Eu venho de uma nova safra de políticos que chegou justamente para combater esse tipo de coisa”, argumenta.

O deputado também disse ainda não ter sido procurado pelo Ministério Público “para esclarecer todas as suposições e preservar sua honra, de sua família, de seus atuais colaboradores e, principalmente, dar a satisfação à população paranaense, a qual o elegeu”.

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