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Paulo Martins discursa durante convenção do PL.| Foto: Roger Pereira / Gazeta do Povo

“Com muita honra, eu recebi, do presidente Jair Bolsonaro, a missão de ser candidato a senador pelo Paraná. Porque eu acredito no Paraná, eu não tentei ser candidato por São Paulo”. Em discurso na convenção estadual do PL, o deputado federal Paulo Martins falou, pela primeira vez, como candidato homologado ao Senado e alfinetou um de seus principais adversários, o ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil), que disputará a eleição pelo Paraná depois que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo indeferiu seu domicílio eleitoral paulista.

“Não é segredo para ninguém, eu nasci no interior de São Paulo, não renego e respeito o estado e a minha história. Mas a gente não escolhe onde nasce, mas eu escolhi o Paraná. O outro, quando pode fazer uma escolha, tentou São Paulo. Eu acredito na nossa gente, nos nossos valores, nas nossas lideranças, na nossa sociedade. E é por isso que vou lutar para ser o representante do Paraná no Senado”, prosseguiu o deputado.

Também no discurso, Paulo Martins falou em defesa da liberdade de expressão, disse ser radicalmente contra o aborto e afirmou que combaterá, se eleito senador, “a ditadura do Supremo Tribunal Federal”. “Porque o Senado não está cumprindo seu papel de restabelecer o equilíbrio entre os poderes no Brasil. O Brasil tem que ser governado por quem os eleitores escolhem, e não por uma junta de toga eleita por ninguém”.

À coluna, no final da convenção, o deputado reforçou que insistirá no debate com Moro durante a campanha. “Isso é um fator de destaque. A gente está falando de Senado, que é a Casa Legislativa de representação do estado. E temos um candidato que queria representar outro estado. É algo que o Paraná tem que debater. Ele tem familiar (a esposa, Rosângela Moro) candidata em outro estado. E quando houver um choque, um conflito de interesses entre dois estados, para que lado ele penderá?”, disse.

Paulo Martins também comentou a declaração de Sergio Moro de que não precisa do governador para construir sua candidatura. “Essa é a visão política dele. Eu acho que política não se faz sozinho. Para ter sucesso, você não constrói nada sozinho. Há aquele ditado, que muito político gosta de repetir, se quer ir rápido vá sozinho, se quer ir longe vá em grupo. Eu quero ir longe pelo Paraná, então estou indo em grupo, com o grupo do presidente Bolsonaro, com o grupo do governador do estado, porque eu preciso muito e respeito muito. Não penso que apoio é favor, apoio é confiança”.

O deputado ainda avaliou a confirmação da candidatura de Alvaro Dias ao Senado. “O Alvaro Dias para mim sempre esteve no cenário como concorrente. É natural que ele defenda a cadeira que ele já ocupa. Ele teve dificuldades de articulação, porque ficou de certa forma sem grupo, mas é um senador, tem história respeitável, então na minha projeção ele sempre esteve como candidato e que outras novidades surgiriam. O meu ânimo, a minha leitura, não muda nada com o número de candidatos, eu tenho que fazer essa construção”.

Martins reconhece que Alvaro e Moro largam em vantagem na campanha eleitoral por serem mais conhecidos do público, mas aposta em um rápido crescimento com o início da campanha. “A estratégia é me apresentar ao Paraná cada vez mais. Esses candidatos já são conhecidos por 100% da população. Um porque é candidato desde 1968, tem uma história no estado, e o outro porque brilhou há cinco seis anos nas manchetes como o juiz da Lava Jato e também depois pelas suas posições políticas, que acabaram sendo controversas. Eles acabam sendo conhecidos da população, têm um recall muito grande, mas a campanha não é só conhecimento, as pessoas vão entendendo as ideias, os lados, quais princípios os candidatos defendem e elas vão acabar me considerando nessa opção”, concluiu.

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