Das 200 escolas da rede estadual de educação que retomam as atividades presenciais nesta segunda-feira (10), 32 são escolas que adotarão o modelo cívico-militar. Será, então, o início deste modelo de educação no Paraná, com a gestão escolar compartilhada entre um diretor pedagógico, vindo do corpo docente da escola e um diretor cívico-militar, um policial militar da reserva, selecionado em processo seletivo realizado pelas secretarias estaduais de Segurança Pública (Sesp) e de Educação (Seed). A Secretaria de Estado da Educação não revelou os nomes e cidades das escolas que abrirão na segunda-feira.
WhatsApp: receba um boletim diário com notícias do Paraná
A nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As aulas e toda a parte pedagógica continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela parte disciplinar e atividades cívico-militares, além do diretor cívico-militar poder atuar nas áreas de infraestrutura, patrimônio, finanças e segurança. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além do diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.
Uniformes padronizados, a presença de mais dois policiais da reserva - no mínimo - como monitores no pátio da escola, períodos de seis horas-aulas (e não mais de cinco) e aulas extras de valores éticos e constitucionais são outros diferenciais das escolas cívico-militares.
A criação das escolas cívico-militares no Paraná foi aprovada pela Assembleia Legislativa no final de 2020, com a previsão de aplicação da lei já a partir do início do ano letivo de 2021. Com a suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia de Covid-19, a implementação do programa acabou adiada.
Em consulta pública realizada no ano passado, 199 escolas, de 117 municípios aprovaram a transformação em cívico-militares, fazendo do Paraná o estado com o maior número de colégios neste modelo (Goiás tem 60 escolas com a gestão dividida entre civis e militares).
A criação de quase 200 escolas cívico-militares simultaneamente causou alguns contratempos para o estado, como, por exemplo, na seleção dos militares da reserva para atuarem nos colégios selecionados. Um edital para a seleção de 806 policiais da reserva foi aberto pelo estado, mas, ao longo do processo seletivo, o número de candidatos aprovados foi menor que as vagas ofertadas. Além disso, há cidades para as quais nenhum candidato foi aprovado. Assim, não seria possível, já na próxima segunda-feira, abrir todas as escolas cívico-militares, por exemplo. A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que uma nova seleção será feita para as vagas remanescentes.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
Resumão da semana: Tio Paulo e a semana em que o Brasil enlouqueceu de vez
-
Presidentes da Câmara e do Senado brasileiros são aliados dos censores
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”