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1.º de abril no dia 2 (final). Final?
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De volta ao livro de Mário Lago. Além dos casos dos outros, ele registrou, é claro, o seu próprio. Conta ele que, no dia 2 de abril, estava em casa escrevendo um capítulo de novela, que deveria ser enviado à Rádio Nacional nas primeiras horas da manhã seguinte, “quando aquelas metralhadoras todas surgiram pela casa adentro, com um contra plano de bombas de gás lacrimogênio nos cintos dos portadores das armas”.
A busca decorreu com calma. Mas, depois de livros, tentaram recolher o texto da novela – “Pode ser alguma coisa cifrada”- e uma “misteriosa” caneta-tinteiro. Era mesmo só uma caneta-tinteiro.

Cadê as armas?

Como havia um piano na sala, piano sem teclado e cordame – levados para conserto -, aumentaram as suspeitas quanto ao subversivo Mário Lago.
– Cadê as armas?
“No piano estava a solução de todos os mistérios”. Diante da cena – “numa fração de segundos a tampa e o tampo foram arrancados, para o mistério não ter tempo de fugir” -, Lago conta que ele e a esposa não puderam de deixar de lembrar, “apesar do risco que corríamos com aqueles alucinados dentro de casa”, a anedota do marido farrista.

O caso do marido farrista

A anedota: o maridão enganou a esposa dizendo que ia caçar, e de manhã, para justificar a noitada fora, comprou umas perdizes no mercado.
– Como é que você caçou tudo isso se não levou a espingarda, meu bem? Está no armário.
– Bem que cada vez que eu atirava sentia que estava faltando alguma coisa.
Está lá, página 6.

ENQUANTO ISSO…


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