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De censo em censo
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Depois de rever o filme O Mundo em 2020 (Soylent Green), de Richard Fleischer, lançado em 1973, Natureza ficou matutando sobre os problemas de hoje e os que estão ganhando forma. Na película – película é do tempo do solitário da Vila Piroquinha -, Charlton Heston é o detetive Robert Thorn e temos ainda Leigh Taylor, Chuck Connors, Joseph Cotten e o grande Edward G. Robinson.
Resumo: a Terra está completamente modificada. Nova Iorque tem 40 milhões de habitantes e o efeito estufa é brutal, arrasador. Longe dos condomínios de luxo, a comida é escassa. Um vidro de geléia de morango custava US$ 150. O detetive Thorn investiga um assassinato e acaba descobrindo algo muito mais estarrecedor. Para toda a humanidade, consequência da explosão democráfica, do desequilíbrio do meio ambiente e da falta de alimentos.

Rumo ao futuro

Na mansão da Vila Piroquinha, Natureza passou, então, a ler coisas sobre o crescimento, arquivadas pela incansável seção Achados&Perdidos. Algumas: em 1910, a população brasileira, pelo que era possível concluir, era de 24 milhões de habitantes. Dois terços viviam no campo.
Dez anos depois, chegava a 30.635.605 pessoas, conforme o quarto recenseamento geral. O levantamento, mais completo que os anteriores, apontava, inclusive, que já tinham entrado no Brasil 3.571.541 imigrantes.
A saber: 316.481 portugueses, 181.657 espanhóis e 137.868 italianos.
Já em 1980, o censo mostrou que o país quase chegara a 120 milhões. Quase. A previsão de crescimento falhou. A população cresceu menos 4 milhões do que o previsto e foram contados 119.070.865 de brasileiros, incluindo os que se encontravam no exterior em missões diplomáticas ou militares, e os índios aculturados.

Questões paralelas

Em 1913, carestia entrava no vocabulário dos brasileiros. A alta desenfreada dos preços, que nos levou décadas depois ao tabelamento de preços pela Sunab e até aos fiscais do Sarney (“Fecho este estabelecimento em nome do presidente”…), era um castigo tremendo.
Mesmo assim, deu motivo para muitas piadas e brincadeiras. E não só recentemente.
Basta ver a charge de K. Lixto publicada na Revista da Caricatura, em 1913. Na “Ourivesaria Estomacal”, cariocas da alta burguesia conferem, entre outras preciosidades colocadas à venda, “colares de feijões e brincos de açúcar”.

ENQUANTO ISSO…


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