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Destino: Lua?
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Quanto mais longe, melhor. A partir dessa premissa, a Lua, quem diria, pode ser o primeiro passo. Pelo menos é o que pensa – e planeja – o professor Afronsius, que anda irritadíssimo com o comportamento de certas pessoas.
A ideia brotou ao ler uma notícia da France Press: vem aí a primeira empresa privada cujo objetivo principal é vender voos para a Lua. A Golden Spike foi criada por ex-responsáveis pela Nasa, às vésperas do 40° aniversário da última missão lunar, com a Apolo 17.

Conselho de Jeeves

Natureza Morta achou interessante, mas, no dedo de prosa com o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, lembrou que um voo de ida e volta para dois passageiros até a Lua teria o custo de US$ 1,5 bilhão.
– É muito, concordo, mas certamente haverá pacotes e promoções especiais, com descontos, e a gente, já que não dá para mandar os chatos catar coquinho na Lua, poderia se mudar para lá – ponderou professor Afronsius.
– Sem dramas, Jeeves.
– Como disse?
Natureza explicou que se trata do título de um dos livros de P. G. Wodehouse, no original Stiff Upper Lip, Jeeves.
Aí, Beronha entrou na dança:
– Não entendi lhufas
– Cuidado. Por essa e por outras, está correndo o risco de ser expatriado para uma cratera lunar – advertiu Natureza.

Jeeves e o que sabe “mordomar”

Wodehouse é considerado um mestre do humor britânico. Criou o rico e atrapalhado Bertie Wooster, que sempre se socorre em Jeeves, o mordomo, a quem considera “o cavalheiro de um cavalheiro, mas que sabe mordomar”. Ah, o (s) livro (s) é (são) da Editora Globo, 2004.
Aproveitando a deixa, Natureza disse que precisa devolver o livro para o Oscar. E que a Golden Spike foi criada por Alan Stern, ex-vice-diretor científico da Nasa, e Gerry Griffin, ex-diretor de voos do programa Apolo e chefe do Johnson Space Center, em Houston. No capitalismo, vale tudo.

“Porta fechando…”

Quanto ao termômetro da irritabilidade do professor Afronsius, ouviu do próprio:
– Há chatos e inconvenientes pra tudo. Em todos os cantos e recantos.
Seus dois últimos registros: um cabôco que, no banco, sem conseguir concluir (com sucesso) uma operação, passou a discutir e dar de dedo no caixa eletrônico.
– Quase foi às vias de fato.
Outro cabôco, dentro do biarticulado, não pôde descer na estação tubo que pretendia. Virou uma fera e insistia em falar com a moça do “alto-falante”, aquela que anuncia “próxima parada estação Passeio Público”, “porta fechando”…
Diante da explicação (“é uma gravação, meu senhor”), soltou os cachorros no motorista.
É, ou a gente despacha essa turma pra Lua ou pede asilo político. Lá mesmo.

ENQUANTO ISSO…


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