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O número total de casamentos no país apresentou tendência de queda de 2015 a 2020.
O número total de casamentos no país apresentou tendência de queda de 2015 a 2020.| Foto: Pixabay

O Brasil teve 970 mil casamentos civis realizados em cartórios no ano de 2022. O número representa um aumento de 4,0% em relação a 2021, mas segue em queda desde o ano de 2015.

Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a quantidade de casamentos refletem uma tendência de queda quando comparada aos anos anteriores. Fatores como a pandemia da COVID-19 podem ter influenciado esse declínio, com muitos casais adiando ou cancelando seus planos de casamento devido a restrições e preocupações com a saúde pública.

“Desde 2015, o número de casamentos vem apresentando tendência de queda. Houve um decréscimo ainda mais expressivo entre 2019 e 2020, com estreita relação com o cenário de pandemia e as orientações sanitárias de distanciamento social”, explicou a pesquisadora Klívia Brayner.

Do total de casamentos, o IBGE apontou que 11 mil foram casamentos de pessoas do mesmo sexo. O número representa o recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em relação a faixa etária dos cônjuges, a pesquisa mostra que pessoas com mais de 40 anos estão mais interessadas em selar a união. Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais. Em 2022, esse percentual chega a 24,1%. Este fenômeno também foi observado entre os homens da mesma faixa, que representavam 10,2% em 2000 e chegaram a 30,4% em 2022.

Divórcios

Já o número de divórcios segue em alta no país, conforme dados da pesquisa. Foram contabilizados 420 mil divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, um aumento de 8,6% em relação ao total de 2021 (386,8 mil).

Entre as regiões, Centro-Oeste e Nordeste apresentaram a maior variação, de 26,5% e 14,0%, respectivamente. Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas (44) que as mulheres (41).

Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do País. Na análise desse tipo de divórcio segundo o arranjo familiar, a maior proporção das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 47,0% em 2022.

A pesquisa do IBGE também apontou uma redução no tempo médio de casamento. Em 2010, era de cerca de 16 anos. Em 2022, o número caiu para 13,8 anos.

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