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Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reclamou após ter seu posicionamento questionado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). No último dia 30, a parlamentar defendeu o jornalista Breno Altman, que comemorou a entrada do Hezbollah na guerra contra Israel e comparou judeus a ratos.

Após o início do conflito o jornalista afirmou que o Hamas é "parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel" e acrescentou que "não importa a cor dos gatos, desde que cacem ratos". Para Gleisi, Altman está sofrendo uma “perseguição” pela Conib. A entidade reagiu, no dia 31 de dezembro, e disse que a “deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à Conib, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação”. A presidente do PT negou ter feito qualquer declaração antissemita.

“Nota da Conib, acusando-me de preconceito e antissemitismo, é a prova de que esta entidade não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel, venham de onde vierem. Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões”, disse a deputada na rede social X em 31 de dezembro.

“Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio. Defendemos também o direito de expressão do jornalista Breno Altman, que é perseguido por criticar as posições da Conib”, acrescentou.

Em novembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ordenou que Altman excluísse as postagens. Além disso, ele virou alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre suas declarações.

“O jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts. A presidente do Partido dos Trabalhadores insiste em defendê-lo, questionando decisões judiciais”, apontou a Conib, em nota.

Gleisi criticou o posicionamento da confederação. “Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas desta entidade. O nome do nosso país é Brasil e aqui todos podem viver livres de preconceitos e imposições”, disse a parlamentar. Não é primeira vez que a deputada defende Altman.

Em outubro, Gleisi afirmou que "são inaceitáveis as ameaças contra o jornalista Breno Altmann, a quem externamos solidariedade, por parte de radicais sionistas que tentam impedir seu direito de expressão e de opinião e ressaltou que os que repudiam as declarações do jornalista "utilizam o mesmo método de propagar ódio e violência que utilizaram os nazistas contra o povo judeu".

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