Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo| Foto:

A FCA (Fiat Chrysler Automóveis) investirá pesado no Brasil nos próximos anos para viabilizar um pacote de 25 lançamentos até 2024 - só com o logotipo da Fiat serão 15 novidades.

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O grupo aplicará R$ 16 bilhões nas fábricas de Betim (MG) e de Goiana (PE) para a produção de novos modelos e séries especiais, atualização de veículos, contratação de trabalhadores e modernização das linhas de montagem.

Do total investido, a empresa divulgou nesta quarta-feira (22) que a unidade mineira ficará com R$ 8,5 bilhões, volume recorde de aporte desde que o polo de Betim foi criado, em 1976.

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A empresa já havia revelado na semana passada que a planta pernambucana receberá os outros R$ 7,5 bilhões até 2023. Por lá haverá o acréscimo de 100 mil unidades na capacidade produtiva, totalizando 350 mil, a contratação de 9 mil funcionários, além da fabricação de novos produtos.

A FCA aproveitou para anunciar que R$ 500 milhões serão direcionados ao desenvolvimento em Minas Gerais dos novos motores turbos 1.0 (três cilindros) e 1.3 (quatro cilindros), da família FireFly, com injeção direta de combustível, quatro válvulas por cilindro e bloco em alumínio.

A produção começará no fim do próximo ano, informou o presidente mundial da FCA, Mike Manley, em sua primeira visita ao Brasil após assumir o cargo no ano passado com a morte do então presidente Sergio Marchionne.

Mike Manley, presidente mundial da FCA, durante o anúncio da fábrica de motores em Betim. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
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Os propulsores passam a equipar os modelos de Fiat e Jeep a partir do início de 2021. Comparado aos propulsores convencionais da família FireFly, são mais eficientes e de 7% a 8% mais econômicos.

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A nova fábrica de motores vai gerar 1,2 mil empregos adicionais (sendo 300 diretos), somando 9 mil novos postos de trabalho em todo o complexo e fornecedores até 2024.

Inicialmente, serão produzidos 100 mil unidades turboalimentadas por ano. Com isso, Betim subirá sua capacidade produtiva para 1,3 milhão de unidades/ ano a partir de 2020, transformando-se no maior polo produtor de motores e transmissões da América Latina.

O anúncio feito por Manley prevê ainda a exportação de 400 mil motores no período de três anos, tanto da fábrica mineira, quanto da unidade de Campo Largo, no Paraná.

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O destino inclui vários mercados, especialmente o europeu. O Brasil venceu uma concorrência global da FCA para o fornecimento de propulsores a diversos países, entre eles a China.

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Motores de primeiro mundo

A Fiat chama a linha turbo de GSE (sigla em inglês para Global Small Engine, ou pequeno motor global). Trata-se da nova geração de motores família FireFly, já produzida globalmente em Betim desde 2016 em duas versões: 1.0 e 1.3, de três e quatro cilindros, respectivamente, todos aspirados e usados por Mobi, Uno, Argo e Cronos.

Os turbos não são inéditos, sendo adotados na Europa e feitos na China e na Polônia com a mesma cilindrada, porém mais potentes. A diferença é que no Brasil passarão a beber também o etanol, além da gasolina.

A Fiat adiantou que desenvolve também um motor 1.3 turbo com injeção direta abastecido apenas com etanol, sem previsão de estreia.

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A marca não deu detalhes de desempenho dos futuros propulsores, mas a expectativa é de que rendam próximos a 125 cv e 20 kgfm (1.0) e 180 cv e 27,5 kgfm (1.3).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Antonio Filosa, presidente da Fiat para a América Latina, durante o anúncio da fábrica de motores em Betim. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

Em Betim são feitos atualmente os motores Fire 1.0 flex e o 1.4 Flex, que equipam Mobi, Grand Siena, Fiorino e Strada.

Já a unidade de Campo Largo é responsável pelo E.TorQ 1.8, presente nas picapes Strada e Toro, na perua Weekend, na minivan Dobló e no SUV Renegade. Lá também é feito o E.TorQ 1.6, exclusivo para a exportação.

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"A fábrica em Campo Largo continuará produzindo os motores normalmente por pelo menos três ou quatro anos, mesmo com a chegada dos turbos", garantiu Antonio Filosa, presidente da Fiat para a América Latina.

Pacote de lançamentos

Conceito Fastback exibido no Salão de São Paulo. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

A Fiat aproveitou a confirmação dos motores turbos na unidade mineira para reforçar que a montadora lançará 15 novidades até 2024, sendo dois ou três SUVs derivados do Fastback (conceito apresentado no Salão de São Paulo 2018).

O Fastback tem um visual marcante e um design que o classifica como um utilitário-cupê, com uma queda acentuada do teto na parte traseira.

"Estamos realizando clínicas com clientes e concessionários, focadas a estudar esse novo desenho. Até o momento a aceitação tem sido muito boa", destacou Filosa.

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Os executivos da FCA não adiantaram quais serão as 25 novidades programadas pelo grupo, mas é certo que toda a linha da Fiat será atualizada, além dos modelos da Jeep.

No cronograma estão previstas as novas gerações do Uno e do Mobi, a substituta da Strada, um utilitário compacto - o primeiro da Fiat feito no país -, para brigar com Hyundai Creta, Nissan Kicks e Volkswagen T-Cross, além de outras novidades.

A unidade pernambucana será responsável pelas renovações da picape Toro e do SUV Compass, que ganhará também uma opção de 7 lugares, além do utilitário-cupê citado acima.

Lembrando que o trem-de-força 2.0 turbodiesel vem importado da Itália, enquanto os 2.0 e 2.4 Tigershark chega do México - equipam Renegade (2.0), Compass (2.0 e 2.4) e Toro (2.0).

Dentre os lançamentos programados pela FCA até 2024, dois já estrearam no mercado recentemente. A nova geração do Jeep Wrangler e o Fiat Argo Trekking, a sua versão aventureira urbana.

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Confira as principais novidades que ainda estão por vir:  

JEEP

Renegade 1.0 turbo e renovado

O SUV compacto virou o novo líder de vendas com o facelift do ano passado. E deverá continuar com essa cara até a chegada da nova geração em 2022.

Aí o design mudará por completo, já empurrado por uma das opções da nova família de motores turbo.

Compass reestilizado e com 7 lugares

Usando a base do Cherokee, o SUV médio-compacto receberá uma terceira fileira de assentos para atender à demanda crescente por esse tipo de configuração.

O lançamento está programado para 2020, juntamente com a reestilização do modelo, que também trocará a opção aspirada 2.0 Tigershark pelo 1.3 turbo.

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Fiat

Toro ganha facelift

Projeção do design Kleber Pinho dá uma ideia de como pode ficar a nova Toro.

Com mais de três anos de mercado, a picape sensação do mercado irá ganhar uma atualização em 2020.

Ela manterá sua marca registrada, o conjunto ótico dividido em três partes. E o visual será inspirado no conceito Fastback.

Virá equipado com a nova motorização turbo da marca nas versões de entrada.

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Substituta da Strada

Projeção do designer Kleber Pinho que dá uma ideia de como pode ficar a picape baseada no Mobi.

A nova picape adotará uma plataforma mista, combinando detalhes do Mobi e da Fiorino, na frente e no interior, com a parte traseira da Strada atual.

Dá veterana picape também herdará o conjunto de suspensão por eixo rígido. Isso criará um vão central maior para superar terrenos adversos mesmo com carga completa na caçamba.

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SUV do Toro

O Jeep Compass ganhará um irmão com o logo Fiat. O utilitário chegará às lojas no próximo ano, e também beberá da mesma fonte de inspiração Fastback.

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É provável que ofereça uma versão com sete lugares e, é claro, os futuros propulsores turbo.

SUV compacto inédito

A Fiat, enfim, terá um SUV compacto para chamar de seu. O projeto inédito estreia em 2021, com fabricação em Betim (MG).

Segundo o presidente da Fiat para a América Latina, Antonio Gulosa, será um projeto global, mas com "cara de Brasil".

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RAM

1500 ainda neste ano

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A picape de porte médio-grande será importada para o Brasil até o fim do ano. Ela é maior que os modelos atuais do mercado, como Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger.

São 5,91 m de comprimento e 3,67 m de entre-eixos. A motorização será a 3.0 V6 turbodiesel, de 243 cv.

*O jornalista viajou a convite da FCA

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