| Foto: Pedro França/ Agência Senado
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A CPI da Braskem no Senado ouviu nesta quarta-feira (10), pela primeira vez, um representante da mineradora, desde o início dos trabalhos do colegiado e tomada de depoimentos em fevereiro deste ano.

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Marcelo Arantes, responsável pela área de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da petroquímica, admitiu que a empresa tem “culpa” no processo de afundamento do solo em bairros de Maceió.

“A Braskem tem a sua culpa nesse processo e nós assumimos a responsabilidade por isso”, disse.

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E apesar de reconhecer a culpa, Arantes ressaltou que desde o encerramento das atividades de extração de sal-gema na região, a prioridade da Braskem foi garantir a segurança das pessoas nas áreas afetadas. Segundo ele, a empresa ofereceu toda a estrutura necessária para a realocação dos moradores.

Segundo o representante, a mineradora seguiu normas técnicas estabelecidas para realizar as atividades de exploração e era acompanhada pela agência reguladora do setor.

“A Braskem tem, sim, a contribuição e é responsável pelo evento acontecido em Maceió. Isso já ficou claro. Não é à toa que todos esforços da companhia têm sido colocados para reparar, mitigar e compensar todo o dano causado de subsidência na região”, afirmou Arantes.

Arantes relatou que trabalha na empresa há 14 anos e que começou a atuar no processo relacionado a Maceió a partir de maio de 2019, quando a companhia interrompeu as atividades de extração na capital alagoana. A empresa iniciou a atividade de extração de sal-gema na cidade em 1976. Os primeiros tremores no solo próximo às minas de exploração foram registrados em março de 2018.

Em relação a realocação dos moradores da área prejudicada, Arantes informou que “desde dezembro de 2019 a dezembro de 2022, foram realocados aproximadamente 40 mil moradores da região”.

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Ele também informou que empresa realizou mais de 19 mil propostas de compensação, além de acordos com autoridades municipais, estaduais e federais.

“Atualmente, 99,8% das pessoas já receberam a proposta e 95% já receberam a indenização; R$ 15,5 bilhões foram provisionados pela empresa, R$ 9,5 bilhões já foram desembolsados, sendo R$ 4,5 bilhões pagos em indenizações a moradores e comerciantes”, destacou.

No dia 19 de março, um ex-secretário do Ministério de Minas Energia, afirmou na CPI que a falta de orçamento impactou nas ações de fiscalização e monitoramento da extração de sal-gema em Maceió.

A CPI foi criada por requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora. O colegiado tem 11 membros titulares e 7 suplentes. O prazo inicial de funcionamento é até o dia 22 de maio, podendo ser prorrogado.

*Com informações da Agência Senado

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