Cópias piratas de "Código Da Vinci" devem chegar em "três, quatro dias"

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A China promoveu uma pré-estréia de "O código Da Vinci" (veja trailer) horas antes da estréia oficial do filme no Festival de Cinema de Cannes, na noite de quarta-feira. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela agência de notícias "Xinhua".

Xu Bing, porta-voz da distribuidora do filme na China, estimou que o "Código" deve arrecadar mais de 60 milhões de yuans (7,5 milhões de dólares) na China, apesar da pirataria no país. Disponíveis nas esquinas das cidades chinesas, cópias piratas de sucessos de Hollywood são vendidas a cerca de 1 dólar cada.

"A empresa decidiu exibir o filme simultaneamente nas grandes cidades do país, com mais de 380 cópias dele em 30 cadeias de cinemas", disse Xu à agência Xinhua na pré-estréia do filme em Pequim, onde "O Código Da Vinci" foi exibido quatro horas e meia antes de ser mostrado em Cannes.

Enquanto isso, os piratas de DVD estavam ocupados fazendo cópias. Indagado se já tinha "O Código Da Vinci", um camelô diante de um hotel cinco estrelas respondeu: "Ainda vai levar três ou quatro dias".

"Com elenco brilhante e trama polêmica, a expectativa é que o filme seja um sucesso maciço, tanto em função do recorde de vendas do livro, com mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo, quanto dos protestos vindos de setores religiosos", disse a Xinhua.

Somaram-se aos protestos citados os da Igreja Católica chinesa, que conclamou os católicos chineses a boicotar o filme, "acusando o longa-metragem de Hollywood de violar a ética e moral religiosa e de insultar os sentimentos dos clérigos e fiéis".

O Vaticano também conclamou os católicos a boicotarem o filme.

Abrindo o festival anual de Cannes, a adaptação do best-seller de Dan Brown, dirigida por Ron Howard e estrelada por Tom Hanks, vem sendo mal recebida pela maioria dos críticos.

O livro enfureceu grupos religiosos porque um de seus personagens afirma que Jesus Cristo se casou com Maria Madalena e teve filhos com ela, e que setores internos da Igreja Católica recorreram ao assassinato para ocultar a verdade.