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A livraria Ateneo, que ocupa 
um antigo teatro, é um dos ícones atuais da paixão portenha pelos livros | Divulgação
A livraria Ateneo, que ocupa um antigo teatro, é um dos ícones atuais da paixão portenha pelos livros| Foto: Divulgação
  • Estante - Conheça algumas obras fundamentais da literatura argentina contemporânea

Dos tempos do boom latino-americano aos dias de hoje, a principal transformação que se percebe na ficção argentina está no tipo de registro narrativo. "Os autores contemporâneos se afastaram do gênero fantástico que imperou entre os anos 1950 e 1970, se aproximando de um realismo com influências do escritor uruguaio Juan Carlos Onetti", afirma o escritor mato-grossense Joca Reiners Terron, que acaba de lançar seu novo romance, Do Fundo do Poço Se Vê a Lua. Dentre os contemporâneos mais interessantes, ele destaca a tríade Ricardo Piglia, Cesar Aira e Rodolfo Fogwill, com livros traduzidos e publicados por aqui. "Mas há também uma numerosa rapaziada mais jovem, como o Rodrigo Fresán, Martín Kohan e Alan Pauls, na faixa dos 50 anos, e Washington Cucurto, Pola Olaixarac e Fabián Casas, da novíssima geração", enumera Terron.

Christian Kupchik, da editora Paidós, compartilha da opinião de Terron. "Infelizmente o gênero fantástico vem perdendo adeptos de modo progressivo, tanto autores quanto leitores. Talvez porque, na Argentina das últimas décadas, o fantástico seja apenas mais uma face da realidade, o que tem tornado os jovens narradores obcecados por darem conta de um realismo que, de tão exagerado, às vezes soa caricato", avalia. Mas há exceções, como Samanta Sch­we­­blin (leia entrevista nesta página), escritora de 32 anos e apenas dois livros publicados que vem sendo apontada como expoente da Nueva Narrativa Argentina (NNA).

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