Operando há menos de um mês, novo semáforo já divide opiniões| Foto: Luiz Costa/SMCS

Poucas semanas após a sua instalação, o semáforo no cruzamento das ruas Rocha Pombo e Alberto Folloni, no bairro Juvevê, em Curitiba, segue dividindo a opinião de motoristas e moradores da região sobre a necessidade do equipamento no local. Para muitos, a novidade instalada no último dia 8 de agosto é uma solução para os problemas de trânsito no bairro e facilita a circulação de pedestres. Contudo, para outros tantos, a instalação resultou apenas em filas, congestionamentos e em trajetos mais demorados.

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De acordo com a prefeitura, o equipamento foi colocado no cruzamento justamente por causa do supermercado Muffato. Como aumentou a circulação de pessoas e veículos no trecho, o semáforo foi colocado como uma forma de organizar o fluxo.

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Falta de sincronia

Para a servidora pública Belese Okamura, de 34 anos, o semáforo melhorou a vida do motorista que vem da Rocha Pombo e precisa entrar na Alberto Folloni. No entanto, a falta de sincronização do novo semáforo com o já existente na esquina da Alberto Folloni com a Deputado Mario de Barros é um ponto que precisa ser corrigido já que, em horários de pico, é comum que haja um pouco de congestionamento.

“Precisa ter uma melhor sincronização dos dois semáforos da rua. Para entrar na Alberto Folloni, é difícil em alguns momentos, como no final da tarde e na horário do almoço”, diz. “Acontece das pessoas ficarem paradas na Rocha Pombo porque a Alberto Folloni já está lotada de carros e aí o sinaleiro acaba não adiantando muito nesta hora”.

Solução alternativa

A proximidade entre os dois semáforos é a principal reclamação de quem fica parado no trânsito da região. O comerciante Marcos Bizzinelli, por exemplo, trabalha na frente do novo sinaleiro e diz acreditar que a mudança pode ter melhorado a vida dos pedestres, mas não trouxe grandes mudanças para os veículos. Por isso, ele acredita que uma travessia elevada já resolveria os problemas — e com um custo bem menor.

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“Até agora não conseguimos entender por que um semáforo ficou do lado do outro. Acho que, bem estudado, uma travessia elevada com pintura bem feita funcionaria”, pontua.

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Tranquilidade para pedestres

A artesã Paula Ribeiro, 62, mora na região há 15 anos e acredita que o novo semáforo só trouxe benefícios para quem anda pela região. Segundo ela, independente do sinaleiro, o congestionamento sempre existiu em horários de pico — mas que, em outros horários, o trânsito flui. “Antes, eu não conseguia sair da minha garagem com facilidade e vejo que o trânsito flui e é bom também para os pedestres. Acho que só precisa sincronizar o semáforo da Mario de Barros porque por questão de segundos de diferença ele demora para abrir em relação a este novo. Mas de forma geral, gostei muito da mudança”, conta.

Confusão para os vizinhos

Já para moradores como a operadora de caixa Miriam Stutz, 62, o investimento foi desnecessário considerando que já há um semáforo a poucos metros de distância. Além disso, o novo sinaleiro aumentou até mesmo o nível de barulho na região. “Ficou muito mais barulhento, muito mais tumultuado. As pessoas não têm paciência”, reclama.

Em relação ao investimento, a prefeitura explica que a aquisição e a instalação da estrutura foram feitos pelo Super Muffato.

Em fase de análise

Para prefeitura, os impactos da instalação do novo semáforo ainda estão sendo analisados. Segundo a Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), a ideia é reavaliar os tempos dos sinaleiros da Rua Rocha Pombo e Deputado Mario de Barros, a estrutura de funcionamento e até mesmo o modo como esses dispositivos afetam a dinâmica do bairro. Contudo, por enquanto, ainda não há previsão de mudanças a caminho.