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Vacina Coronavac de Covid-19 produzida no Butantan.
Vacina Coronavac de Covid-19 produzida no Butantan.| Foto: Américo Antonio/SESA

Após suspender a imunização de pessoas com comorbidades e professores terça-feira (25) por falta de doses, a prefeitura de Curitiba prevê entrega menor de vacinas da Covid-19 nos próximos dias. O motivo é a paralisação de produção que houve no Instituto Butantan e na Fiocruz, os dois laboratórios nacionais que fornecem vacinas no Brasil. Cenário que deve se repetir em todos os municípios do Paraná.

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“É sabido que nas próximas semanas haverá um menor quantitativo de vacinas em função da não chegada dos ingredientes farmacêuticos tanto no Butantan quanto na Fiocruz, as duas fornecedoras de vacinas no Brasil”, avaliou o médico Alcides Oliveira, chefe de Centro de Epidemiologia da prefeitura de Curitiba, durante sessão da pandemia na capital na Câmara de Vereadores terça-feira. “Desejamos que esse obstáculo seja resolvido nas próximas semanas”, espera Oliveira.

A Fiocruz retomou a produção da vacina Astrazeneca somente terça-feira, após cinco dias de paralisação por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que foi entregue no último sábado (22) para envase de 12 milhões de doses. Com isso, a Fiocruz garante que vai manter a entrega já programada até a terceira semana de junho. O Paraná recebe nesta quarta-feira (26) novo de produção remanescente da Fiocruz com 352.750 ampolas. Desde o dia 18 de maio o estado não recebia Astrazeneca.

Já o caso do Butatan é mais preocupante. O instituto só recebeu o IFA terça-feira e retoma a fabricação da Coronavac após 11 dias de paralisação. Com a nova remessa de IFA, o instituto vai produzir mais 5 milhões de doses. Porém, a situação se agrava porque a entrega ao Ministério da Saúde só será daqui 15 a 20 dias. Desde o dia 18 de maio o Paraná não recebe remessa de Coronavac e não tem previsão para os próximos dias.

A secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, enfatiza que a vacinação não está atrasada em Curitiba. Mas admite que o atraso nas entregas de vacinas têm prejudicado o planejamento. “Aplicamos todas as vacinas que chegam. Mas não posso vacinar se as vacinas não chegam”, lamentou a secretária também na sessão da Câmara terça-feira.

Márcia lamenta ter paralisado a aplicação da primeira dose nesta terça, o que impede a evolução para novos grupos.  “Não tenho como chamar mais grupos. Por exemplo, infelizmente acabaram as 7 mil doses dos professores ontem [segunda-feira]”, ilustra a secretária de Saúde.

Cronograma

Nesta quarta-feira (26),  aplicação da primeira dose em Curitiba é somente para pessoas com deficiência acima dos 40 anos, que vão receber a vacina importada da Pfizer ainda no estoque.

O quarto lote do imunizante do laboratório americano com 37.440 doses para todo o Paraná chega no começo da noite desta quarta. Essas vacinas darão continuidade à vacinação de pessoas com comorbidade e deficiência, além de grávidas e puérperas.

Também nesta quarta, Curitiba aplica a segunda dose da Astrazeneca no grupo de idosos de 81 a 85 anos. Na noite de terça, o Paraná recebeu um lote remanescente da Fiocruz com 352.750 doses da Astrazeneca que serão aplicadas em pessoas com comorbidades e deficiências e profissionais da segurança pública. Com esse lote, a vacinação também será ampliada para mais dois grupos no estado: trabalhadores de portos e de aeroportos.

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